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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Indiana pode abandonar 10 anos de greve de fome em nome do amor

Irom Sharmila está há dez anos em jejum em protesto contra a violência militar em Manipur, no nordeste da Índia, uma iniciativa sem comparação e que agora corre perigo porque a ativista encontrou o amor.
O suposto culpado se chama Desmond Coutinho, um britânico de origem indiana que entrou em contato com Irom e por quem ela se apaixonou, mas que desperta a desconfiança e o receio dos simpatizantes da ativista.
A história de Irom começou em novembro de 2000, quando aos 28 anos iniciou uma greve de fome contra uma lei que permite às forças de segurança de Manipur - onde há grupos separatistas - "executar e torturar com impunidade", segundo a Anistia Internacional.
"Meu jejum é uma forma de protestar. Não tenho outra", defendeu em entrevista Irom Sharmila, que alertou que só abandonaria sua greve de fome "quando fosse abolida" a Lei de Faculdades Especiais das Forças Armadas, vigente na região.
O caso teve, no entanto, uma reviravolta quando pouco depois Irom foi acusada de tentar se matar com o protesto. Na Índia, a tentativa de suicídio é condenada pela lei, e desde então a ativista permaneceu quase ininterruptamente no hospital Jawaharlal Nehru, em Imphal, capital de Manipur, incomunicável em uma ala de segurança máxima.
As autoridades indianas obrigam Irom a se alimentar no hospital por meio de uma sonda via nasal, "mas durante todo este tempo, ela não bebeu água nem comeu nada", segundo a escritora Deepti Priya Mehrotra, autora de uma biografia sobre a ativista.
O esforço, no entanto, não mobilizou a opinião pública indiana, como aconteceu com outros ativistas. O último exemplo é o de Anna Hazare, cujo jejum contra a corrupção agitou o país por mais de uma semana em setembro.
Apesar da pouca repercussão sobre o caso de Irom, a imprensa local não deixou de divulgar nos últimos dias a grande rejeição que sua história de amor com Desmond Coutinho causou entre alguns simpatizantes da ativista.
Procurado pela agência EFE, Coutinho atribuiu a rejeição à impressão dos seguidores da ativista de que ele é um "espião enviado pelo governo indiano" para convencer Irom a "abandonar a greve de fome". Após negar as acusações e censurar o tratamento que a imprensa local deu ao caso, Coutinho garantiu que simplesmente se apaixonou por "uma princesa que sacrificou tudo por seu povo".
Babloo Loitongbam, um dos simpatizantes de Irom, criticou a forma pela qual a imprensa indiana se referiu à relação entre a ativista e Coutinho, com um enfoque que rotulou de "sensacionalista", além de lamentar que sua greve de fome "nunca tenha despertado" esta atenção.
A polêmica acabou envolvendo Irom, que às vésperas de completar 11 anos de jejum, manifestou em declarações ao jornal The Telegraph sua intenção de se casar com Coutinho se sua reivindicação for atendida.

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