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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Seleção feminina repete erros, cai nos pênaltis e fica com a prata no Pan

Equipe voltou a falha em momentos decisivos e perdeu na decisão por pênaltis

O script já era conhecido. À frente no placar, a seleção brasileira feminina de futebol perdia gols em sequência, dando às adversárias a chance de continuar em um jogo que já poderia ter sido definido. Pois foi assim, com um quê de previsibilidade, que o Brasil perdeu para o Canadá nos pênaltis por 4 a 3, após empate por 1 a 1 em 120 minutos, e ficou com a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.

O empate canadense aos 42 minutos da etapa final, bem poderia ser chamado de surpreendente, pelas circunstâncias da partida. Mas, tratando-se da seleção brasileira feminina, levar gols nos minutos finais de partidas importantes já não surpreende mais ninguém.

Foi assim nos Jogos Olímpicos de 2004, quando a seleção perdeu a decisão do ouro para os Estados Unidos também na prorrogação. Foi assim, também, em Pequim-2008, quando a equipe brasileira perdeu inúmeras chances e caiu novamente contra as norte-americanas, mais uma vez no tempo extra - restou contentar-se com a prata.

No Mundial deste ano, disputado na Alemanha, a história se repetiu. As brasileiras venciam na prorrogação por 2 a 1 quando, aos 17 do segundo tempo, no último lance da partida, Wambach empatou. Nos pênaltis, brilhou a estrela da musa Hope Solo, que garantiu as americanas na semifinal.

Nesta quinta-feira, em Guadalajara, todos os erros se repetiram. Os gols perdidos estavam lá, mais uma vez. O espaço para os contra-ataques rivais, também. As falhas defensivas, idem.

Ao ficar com a medalha de prata, a seleção brasileira põe fim a uma série de conquistas em Pans que começou em Santo Domingo, há oito anos. No Rio, em 2007, a equipe seria bicampeã diante de um Maracanã em festa.

Nos últimos dias, a equipe teve de lidar com o drama pessoal de uma de suas principais jogadoras. A lateral-direita Maurine perdeu o pai, que morreu na segunda-feira. Apesar de ter sido liberada para voltar ao Brasil, a atleta quis ficar no México para lutar pela medalha de ouro.

"Eu falei com as meninas que a gente lutou até o final e isso que valeu. A gente perdeu, mas perdeu brigando, com vontade e com garra. A gente jogou e quis vencer. Infelizmente, não foi desta vez", lamentou Maurine em entrevista à TV Record depois do jogo. "A gente tem que dar força neste momento. Elas (Grazielle e Debinha) tiveram personalidade, foram lá e bateram (os pênaltis). Está todo mundo junto nessa hora."

O jogo - O gol de Debinha, aos 3 minutos, deu a impressão de que o duelo seria fácil. O que se viu a seguir, no entanto, foi uma partida dramática. Ainda no primeiro tempo, as canadeneses criaram pelo menos três boas chances de empatar o placar.

A pressão canadense diminuiu na segunda etapa. Com a torcida mexicana a seu favor, a seleção brasileira voltou a criar oportunidades. Na melhor delas, aos 23 minutos, Debinha encontrou Thais livre na área. A atacante chutou para ótima defesa da goleira Leblanc. Logo em seguida, Maurine cobrou escanteio e quase fez um gol olímpico.

O jogo, então, ficou mais aberto. As canadenes foram para cima buscando um gol para levar o duelo à prorrogação, enquanto as brasileiras tentavam encaixar contra-atques. Foi em uma dessas jogadas que Maurine quase marcou - a bola saiu à direita da goleira adversária.

Nos minutos finais, o Brasil ainda teve chances novamente com Debinha e Thais. Ambas pararam na defesa canadense. Aos 41, na melhor oportunidade de ampliar em todo o jogo, Debinha chutou duas vezes - uma nas mãos de Leblanc, outra na parte externa da rede.

O erro custou caro. Aos 42 minutos, no lance seguinte às falhas de conclusão de Debinha, Sinclair empatou para os canadenses após dividida com a goleira Bárbara. O jogo foi para a prorrogação.

No tempo extra, a grande oportunidade de liquidar a partida foi canadense. Aos 5 minutos do segundo tempo, a experiente Tânia Maranhão errou um passe no meio-campo, dando um contra-ataque perigosíssimo para as adversárias. Sinclair saiu cara a cara com Bárbara, que fez uma defesa incrível.

Aos 11 minutos, foi a vez de o Brasil perder grande chance em um contra-ataque. Ketlen recebeu passe pela direita, passou por uma adversária e arriscou um chute que passou sobre o gol defendido por Leblanc. A decisão do ouro no futebol feminino dos Jogos Pan-Americanos foi para os pênaltis.

Nos chutes da marca da cal, as canadenses levaram a melhor. Elas converteram quatro cobranças contra três das brasileiras. Grazielle e Debinha viram seus chutes pararem nas mãos da goleira Leblanc; Chapman acertou a trave pelas canadenses. 

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