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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Sebrae lista os 6 maiores erros de quem vai à falência; saiba como evitá-los


Lidar com o fechamento de uma empresa é um momento delicado para qualquer empresário. Os sentimentos de frustração, tristeza e arrependimento podem fazer com que ele desista de ter o próprio negócio e  procure alguma atividade como empregado. Por outro lado, fracasso pode ser uma chance de repensar os erros cometidos e tirar lições para uma nova empreitada.

As maiores causas que levam uma empresa a fechar as portas estão ligadas à falta de planejamento e a erros na administração, principalmente nos primeiros anos de vida, segundo estudos do Sebrae, serviço de apoio à micro e pequena empresa.

Clique e veja os erros mais comuns dos empresários

UOL
Falta de planejamento: Muitos empresários começam a atuar sem fazer um plano de negócio. Antes de abrir uma empresa, é preciso estudar todos os aspectos que envolvem o negócio. Deve-se pesquisar quem será o público-alvo, fornecedores, custos fixos e variáveis, concorrência e localização adequada. Quanto mais informações o empreendedor tiver sobre seu ramo de atividade, maiores são as chances de sucesso.
Neste período, o negócio tem recursos limitados, nome desconhecido no mercado e pouco dinheiro em caixa. Um erro pode determinar o fim de suas atividades.

Segundo pesquisa do Sebrae Nacional, a taxa de mortalidade de empresas nos primeiros dois anos de atividade é de 26,9% no país. Em alguns Estados, a situação se agrava. Em Pernambuco, que tem o maior índice de falências, 42% das empresas fecham as portas antes de completar dois anos.

Para o economista do Sebrae-SP Pedro Gonçalves, não existe uma causa única para justificar o fechamento de um negócio, mas sim um conjunto de fatores. A falta de pesquisa sobre concorrência, localização, fornecedores e público-alvo é um erro bastante comum entre os empresários que não conseguem se manter no mercado. "Quem busca informações sobre o ramo de atividade antecipadamente tem maior chance de sucesso", afirma.

O economista também aponta como erros frequentes de gestão o descontrole do fluxo de caixa e o distanciamento da rotina da empresa. Nos primeiros anos, o empresário deve estar presente na empresa e acompanhar de perto todos os seus processos.
Depois, ele pode contratar um time para assumir determinadas funções. "Empreender é uma atividade de risco, é preciso cuidar do negócio durante todo o tempo em que ele estiver no mercado."

Empresários alegam falta de oportunidade e de clientela

Parte do equívoco está no motivo da abertura da empresa. Muitos não empreendem porque enxergaram uma oportunidade, mas porque não têm outra alternativa: 23% dos empresários que iniciam um negócio afirmam que viraram empresários por necessidade, segundo o estudo mais recente sobre mortalidade de empresas do Sebrae-SP, divulgado em 2010 com dados entre os anos de 2003 e 2007.
Na opinião do ecomista da entidade, isso aumenta o risco de fracasso de um empreendedor. "Nestas condições, a empresa entra no mercado às pressas e sem planejamento adequado."

O mesmo estudo mostra que 29% dos empresários entrevistados alegam que a principal dificuldade encontrada no primeiro ano de atividade é a falta de clientes. Segundo Gonçalves, a baixa nas vendas é motivada também por erros de gestão e de planejamento. "Se não houve vendas suficientes é porque a empresa não alcançou seu mercado consumidor."

Aprendizado com fracasso pode ser trunfo para ter sucesso em nova empreitada

Não ter sucesso no primeiro empreendimento não significa que as portas do mercado se fecharam. Refletir sobre os erros cometidos e tirar lições desta experiência podem se tornar verdadeiros trunfos para conquistar espaço em uma segunda oportunidade.

Para Marcos Simões, diretor de seleção e serviços a empreendedores da Endeavor, organização sem fins lucrativos de apoio ao empreendedorismo, o fracasso de um negócio propicia uma reflexão profunda sobre a gestão adotada.
É neste momento que o empresário deve compreender suas carências e buscar supri-las com um time qualificado ou com a própria capacitação. "Quando a empresa vai bem, não há muita preocupação com a gestão. A falência escancara os pontos fracos", diz.

Simões afirma que, ao entender as fragilidades do negócio malsucedido, o empreendedor acumula bagagem e aprendizado para aplicar em uma nova empresa, principalmente se ela pertencer ao mesmo ramo de atividade da anterior.
"O fracasso é a hora de o empresário pensar onde errou e de quais conhecimentos precisava e não teve. Com isso, ele estará mais preparado para formar uma boa equipe e não tomar a decisão errada em uma próxima oportunidade."

O diretor recomenda que os empresários não se deixem abater pelo sentimento de derrota e se inspirem em grandes empreendedores que já enfrentaram situações semelhantes. "O Steve Jobs, por exemplo, foi demitido da própria empresa e mesmo assim foi um dos maiores nomes na área de tecnologia. O segredo é não deixar que o fracasso se transforme em um trauma", declara.


FONTE: http://noticias.bol.uol.com.br/economia/2012/04/04/sebrae-lista-os-6-maiores-erros-de-quem-vai-a-falencia-saiba-como-evita-los.jhtm

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