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domingo, 16 de junho de 2013

Sobram mais de 5 mil vagas para fazer mamografia


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Sobram mais de 5 mil vagas para fazer mamografia

16.06.2013


Na Capital, são disponibilizadas, por ano, dez mil vagas para a realização dos testes em hospitais públicos
Medo de descobrir a doença, mitos a respeito do desconforto no exame e atendimento dificultoso na rede de saúde têm levado cada vez menos mulheres cearenses a realizar o exame mamográfico, principal ferramenta para o tratamento rápido e efetivo do câncer de mama. Na Capital, segundo estatísticas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a procura anual pelas mamografias não chega a 50% das dez mil vagas disponibilizadas para exames nos hospitais públicos, ou seja, resta, mais de cinco mil.

Uma unidade específica para o diagnóstico do câncer de mama está sendo criada nas instalações do Grupo de Educação e Estudos Oncológicos (Geeon). Até o fim deste mês, o local deve estar funcionando FOTO: ALEX PIMENTEL

O cenário se repete no Interior. Prova disso é que, desde abril de 2011 até maio deste ano, a Policlínica Regional de Baturité, por exemplo, realizou 5.349 procedimentos, quantidade muito abaixo das 11.999 mamografias ofertadas, na unidade, a mulheres de oito municípios cearenses, como informa a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). O percentual, segundo o órgão, pode ser considerado o mesmo nas outras policlínicas.

Diante dos números preocupantes, a Campanha de Prevenção e Enfrentamento ao Câncer de Mama, em andamento na Capital, pretende encorajar mais mulheres a procurarem o exame e, assim, ajudar a reduzir o elevado número de mortes acarretadas pela descoberta tardia da doença. Por ano, no Brasil, são contabilizadas 4,8 mil óbitos.

Influência
Paulo Henrique Vasquez, assessor técnico das questões do câncer de mama e uterino da SMS, diz que um dos maiores desafios para atingir a quantidade de mamografias oferecidas é enfrentar questões culturais, que influenciam no comportamento da mulher. "Ainda existe o medo de fazer o exame e se defrontar com o diagnóstico de câncer, mas precisamos quebrar esse mito, pois o diagnóstico precoce traz maiores chances de cura. Outro ponto é que se espalhou, na comunicação boca a boca, a ideia de que a mamografia é dolorosa e isso não é verdade. Algumas se queixam de incômodo, mas nada que inviabilize o exame".

Entretanto, mais grave que a disseminação de mitos e receios, o atendimento deficiente e a falta de informações na atenção básica, onde é feito o encaminhamento das mamografias, são considerados gargalos determinantes na realização dos procedimentos em todo o Estado. Segundo a professora Fausta Soares, membro da Associação Rosa Viva, que oferece apoio a pacientes com câncer de mama, relata que muitas mulheres se queixam da assistência prestada nos postos de saúde da cidade. As principais reclamações dizem respeito a dados equivocadas sobre a disponibilidade dos exames.

O secretário de Saúde do Estado, Arruda Bastos, destaca que muitos médicos do Programa Saúde da Família (PSF) são generalistas e não atentam para uma investigação mais profunda. "É preciso que eles procurem saber se aquela mulher tem casos de câncer na família ou outros fatores de risco. Se tiver, encaminhe para fazer uma mamografia mais frequentemente", afirma.

Ações visam ampliar acesso
Além da Campanha de Prevenção e Enfrentamento lançada no mês passado para conscientizar e incentivar mulheres a realizarem mamografias com maior frequência, as secretarias de Saúde do Estado e do Município pretendem intensificar, neste ano, ações que ampliem e facilitem o acesso ao exame no Interior do Ceará e na Capital.

O assessor técnico da SMS, Paulo Vasquez, ressalta que uma unidade específica para o diagnóstico do câncer de mama está sendo criada nas instalações do Grupo de Educação e Estudos Oncológicos (Geeon). Segundo ele, o contrato para ação já está em fase de elaboração e, até o fim do próximo mês, o local deve estar funcionando. "Essa unidade vai otimizar e diminuir o tempo para que essas mulheres tenham o diagnóstico e agilizar o tratamento", explica.

Quadro
Ele pontua, ainda, que a Prefeitura está trabalhando no incremento do quadro de funcionários no Hospital da Mulher com o intuito de aproveitar melhor sua estrutura e oferecer mais serviços de combate à doença.

No âmbito estatal, Arruda Bastos frisa que todas as dez Policlínicas inauguradas possuem mamógrafos, assim como as 11 que ainda devem ser abertas esse ano. O secretário também informa que novos aparelhos foram adquiridos para os Hospitais Regionais de Sobral, do Cariri e de Quixeramobim, além das unidades de responsabilidade da Sesa na Capital, como os hospitais Gerais de Fortaleza, da Polícia Militar e Dr César Cals.

VANESSA MADEIRAESPECIAL PARA CIDADE 

FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1279896

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