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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Como a mente fez o ego

Nova publicação em Universo Natural

Como a mente fez o ego

by José Batista de Carvalho
como a mente fez o egoÉ razoável perguntar como a mente pôde jamais ter feito o ego. De fato, é a melhor pergunta que tu poderias fazer. Não faz sentido, porém, dar uma resposta em termos de passado, porque o passado não importa e a história não existiria se os mesmos erros não estivessem sendo repetidos no presente. O pensamento abstrato aplica-se ao conhecimento porque o conhecimento é completamente impessoal e exemplos são irrelevantes para a sua compreensão. A percepção, contudo, é sempre específica e, por­tanto, bastante concreta.
Cada um faz para si um ego ou um ser que está sujeito à enorme variação por causa da sua instabilidade. Faz também um ego para cada pessoa que percebe, que é igualmente variável. A sua interação é um processo que altera a ambos, porque não foram feitos pelo Inalterável ou com Ele. É importante reconhecer que essa alteração pode ocorrer e, de fato, ocorre tão prontamente quando a interação tem lugar na mente como quando envolve proximidade física. Pensar sobre um outro ego é tão eficaz para mudar uma percepção relativa quanto a interação física. Não poderia haver melhor exemplo de que o ego é só uma ideia e não um fato.
O teu próprio estado mental é um bom exemplo de como o ego foi feito. Quando jogaste fora o conhecimento, foi como se nunca o tivesses tido. Isso é tão evidente que basta reconhecê-lo para ver que acontece de fato. Se isso ocorre no presente, por que seria surpreendente que ocorresse no passado? A surpresa é uma resposta razoável ao que não é familiar, embora dificilmente o seja para uma coisa que ocorre com tanta persistência. Mas não te esqueças de que a mente não precisa funcionar desse modo, embora de fato funcione desse modo agora.
Pensa no amor dos animais por suas crias e na necessidade que sentem de protegê-las. Isso se dá porque as consideram como parte de si mesmos. Ninguém despede algo que considera parte de si mesmo. Tu reages ao teu ego de modo parecido com o que Deus reage às Suas criações—com amor, proteção e caridade. Tuas reações ao ser que tu fizeste não são surpreendentes. De fato, elas se parecem de muitas maneiras ao modo como um dia reagirás às tuas criações reais, que são tão intemporais quanto tu és. A questão não está em como respondes ao ego, mas no que acreditas que és. A crença é uma função do ego e na medida em que a tua origem está aberta à crença, tu a estás considerando do ponto de vista do ego. Quando o ensino não for mais necessário, meramente conhecerás a Deus. Acreditar que existe uma outra forma de perceber é a ideia mais elevada de que o pensamento do ego é capaz. Isso porque ela contém um sinal do reconhecimento de que o ego não é o Ser.
Minar o sistema de pensamento do ego tem que ser percebido como doloroso, muito embora isso seja qualquer coisa menos verdadeiro. Os bebês gritam com fúria quando tu lhes tiras uma faca ou uma tesoura, embora eles possam muito bem causar dano a si mesmos caso tu não o faças. Nesse sentido, ainda és um bebê. Tu não tens nenhum senso de real autopreservação e é provável que decidas que precisas exatamente daquilo que mais te feriria. Entretanto, reconheça-o ou não agora, concordaste em cooperar no esforço de tornar-te ao mesmo tempo inofensivo e útil, atributos que necessariamente vão juntos. Tuas atitudes, mesmo em relação a isso, são necessariamente conflitadas porque todas as atitudes são baseadas no ego. Isso não vai durar. Sê paciente por algum tempo e lembra-te que o resultado é tão certo quanto Deus.
Tu, que te identificas com o teu ego, não podes acreditar que Deus te ama. Tu não amas o que fizeste e o que tu fizeste não te ama. Sendo feito a partir da negação do Pai, o ego não tem nenhuma aliança com quem o fez. Tu não podes conceber o relacionamento real que existe entre Deus e as Suas criações devido ao ódio que sentes pelo ser feito por ti. Tu projetas no ego a decisão de te separares e isso conflita com o amor que sentes pelo ego pelo fato de o teres feito. Nenhum amor nesse mundo existe sem essa ambivalência, e como nenhum ego experimentou amor sem ambivalência, o conceito está além da sua compreensão. O amor penetrará de imediato em qualquer mente que o queira na verdade, mas é preciso que ela o queira verdadeiramente. Isso significa que ela o queira sem ambivalência e esse tipo de querer está totalmente isento da “compulsão para receber” que o ego tem.
Vigia com cuidado e vê o que é que estás realmente pedindo. Sê muito honesto contigo mesmo nisso, pois é preciso que não escondamos nada um do outro. Se tu realmente vais tentar fazer isso, terás dado o primeiro passo na direção de preparar a tua mente para a entrada Daquele que é Santo. Vamos nos preparar para isso juntos, pois uma vez que Ele tiver vindo, tu estarás pronto para me ajudar a fazer com que outras mentes estejam prontas para Ele. Por quanto tempo vais negar a Ele o Seu Reino?
Vigia em tua mente as tentações do ego e não sejas enganado por ele. Ele não te oferece nada. Quando tiveres desistido dessa “desespiritualização” voluntária, verás como a tua mente pode focalizar e se erguer além da fadiga e curar. Entretanto, tu não és suficientemente vigilante contra as exigências do ego para desengajar a ti mesmo. Isso não precisa ser assim.
O hábito de te engajares com Deus e as Suas criações é fácil de ser estabelecido, se ativamente te recusares a permitir que a tua mente se disperse. Não é um problema de concentração; é a crença em que ninguém, incluindo a ti mesmo, vale um esforço consistente. Fica do meu lado de forma consistente contra esse engano e não permitas que essa crença desgastada te faça regredir. Os desanimados são inúteis para si mesmos e para mim, mas só o ego pode ser desanimado.
"E visita a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração," na interpretação do ego, essa é particularmente maliciosa. Vem a ser meramente uma tentativa de garantir a sobrevivência do próprio ego. Para o Espírito Santo, a declaração significa que nas gerações futuras, Ele ainda pode reinterpretar o que as gerações anteriores tinham compreendido equivocadamente e, assim, liberar os pensamentos da capacidade de produzir medo.                                                                                                                                       "Os ímpios, no entanto, perecerão" vem a ser uma declaração da Expiação se a palavra "perecer" for compreendida como "ser desfeito." Todo pensamento sem amor tem que ser desfeito, uma palavra que o ego não pode nem sequer compreender. Para o ego, ser desfeito significa ser destruído. O ego não será destruído porque é parte do teu pensamento, mas porque não é criativo e, portanto, não compartilha; ele será reinterpretado para liberar-te do medo. A parte da tua mente que tens dado ao ego apenas voltará para o Reino, que é o lugar aonde toda a tua mente está em casa. Podes atrasar a completeza do Reino, mas não podes introduzir nele o conceito do medo.

Um curso em milagres
José Batista de Carvalho | 26/07/2013 às 13:55

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