Confiança do consumidor em Fortaleza tem o pior resultado dos últimos 13 meses

Redação Web | 10h12 | 08.07.2013

Apenas 44,7% declararam estar dispostos a comprar bens de consumo duráveis

A confiança do consumidor em Fortaleza atingiu, neste mês de julho, o pior resultado dos últimos 13 meses, segundo o Índice de Confiança do Consumidor divulgado nesta segunda-feira (8). O resultado apresentou queda brusca de 5%, passando de 135,1 pontos, em junho, para 128,3 pontos neste mês.

O valor médio das compras é projetado em R$ 316,07 FOTO: RODRIGO CARVALHO

O clima de pessimismo entre os consumidores fez com que apenas 44,7% declarassem estar dispostos a comprar bens de consumo duráveis. Em comparação com junho, houve uma queda de dois pontos percentuais.

Em igual período no ano passado, no entanto, o índice neste mês registrado cresceu 9,5 pontos percentuais. Os produtos mais procurados são: artigos de vestuário (citados por 16,2% dos entrevistados); televisores (14,5%);  móveis e artigos de decoração (13,2%); calçados (11,1%); aparelhos de telefonia celular (11,0%); e máquina de lavar roupa (10,1%).

O economista Alex Araújo relaciona a queda brusca à redução da expectativa em relação à situação econômica brasileira. Ele também acredita que os protestos no País possam ter feito o consumidor refletir.

"É possível que os protestos que se espalham pelo país estejam influenciando o comportamento do consumidor, que passa a se questionar sobre uma série de questões estruturais da nossa política”, declara Alex Araújo, economista e diretor técnico do IPDC.

Expectativa dos Consumidores

A pesquisa também mostrou que 66,4% consideram o momento atual ótimo ou bom para a compra de bens duráveis, taxa inferior a observada em maio, de 72,2%.

Dentre os que demonstraram maior disposição para consumo, destacam-se os consumidores do gênero masculino (68,5%), do grupo com idade acima de 35 anos (69,5%) e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (73,8%).

A pesquisa também revela que 84,5% dos consumidores de Fortaleza consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano. Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 92,2% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.

O valor médio das compras é projetado em R$ 316,07, com maior disposição de gastos nos grupos do sexo masculino (R$ 320,20), com idade entre 18 e 24 anos (R$ 336,44) e com renda familiar de até cinco salários mínimos (R$ 318,23).

FONTE:
http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=362497