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segunda-feira, 1 de julho de 2013

“Minha noiva tem aversão ao sexo. O que devo fazer?”


“Minha noiva tem aversão ao sexo. O que devo fazer?”

Sexóloga e colunista do Delas, Fátima Protti auxilia leitor que busca entender comportamento da namorada

DO IG DELAS
“Minha noiva tem uma “aversão” ao sexo, diz ser desrespeitoso e mostra resistência a essa ideia. Recebeu uma educação rígida e negativa quanto ao sexo. As poucas experiências de carícias com outras pessoas e o contato com uma figura masculina ruim confirmaram o que sempre ouviu. Não suporta beijos, tem raiva de homem e medo de ser abusada. Entende que o sexo pode denegrir sua reputação, por isso quer conservar sua inocência. Peço uma orientação”.Realmente, o caso de sua noiva é complicado. Da forma como descreveu, parece que o comportamento é decorrente de uma educação com valores morais e religiosos rígidos, resultando numa sexualidade cheia de preconceitos, tabus e experiências afetivas negativas com figuras masculinas.O Transtorno de Aversão Sexual pode explicar esse comportamento. As pessoas com esse quadro apresentam aversão a qualquer estímulo sexual, seja um beijo ou toque. Geralmente, não admitem o contato sexual genital e qualquer situação com conotação sexual pode provocar medo ou terror, raiva de homens e, principalmente, do pênis.Nos momentos em que a mulher se permite receber algumas carícias, ela pode reagir aos estímulos físicos e mostrar alguma excitação. Mas em seguida apresenta sintomas como taquicardia, tontura, sensação de desmaio e dificuldade para respirar, decorrentes do alto nível de ansiedade.Esse transtorno causa significativo sofrimento e impede que os relacionamentos sejam completos. Algumas mulheres utilizam estratégias como descuido da aparência, envolvimento excessivo com o trabalho ou outras atividades para evitar aproximações.
Às vezes o comportamento de repulsa ao sexo oposto pode ser entendido como uma expressão reprimida de uma orientação homossexual, mas nem sempre esse é o caso. Depende do histórico da pessoa.
O Transtorno de Aversão Sexual exclui os casos em que a mulher passou por um evento traumático, como abuso. Nesse caso, o Estresse Pós-Traumático explicaria melhor seus comportamentos e sintomas.
Caro leitor, não vejo a curto prazo a possibilidade de fazer aproximações sexuais devido a todo comprometimento psicológico, emocional e sexual. Recomendo uma psicoterapia com foco em sexualidade.
Quanto a você, acho que deve levar em consideração todo o tempo que isso pode levar para terem uma vida afetiva e sexual plena. Se não conseguir esperar não se culpe, afinal temos nossos limites e eles precisam ser considerados.

*  Fátima Protti  é psicóloga, terapeuta sexual e de casal. Pós-graduada pela USP e autora do livro “Vaginismo, quem cala nem sempre consente". Escreva para a colunista: 


fonte:
http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=7&cid=164236

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