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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Banco Central confirma apostas de Selic a 9,5%

DECISÃO UNÂNIME

Banco Central confirma apostas de Selic a 9,5%

10.10.2013

A decisão foi unânime e confirmou a principal aposta dos economistas, baseada no cenário de pressão inflacionária
São Paulo/Brasília O Banco Central (BC) subiu ontem o juro básico da economia brasileira, a taxa Selic, em 0,50 ponto percentual, para 9,5% ao ano. É a quinta alta seguida da taxa. A decisão foi unânime e o aumento confirmou a principal aposta dos economistas, baseada no atual cenário de pressão inflacionária. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrou alta de 5,86% no acumulado dos últimos 12 meses terminados em setembro, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE - é a primeira vez no ano que o indicador fica abaixo de 6%.

Com o juro básico em 9,5% ao ano, a poupança continua mais atraente que a maioria dos fundos de renda fixa FOTO: TUNO VIEIRA

A elevação dos juros é um instrumento usado pelo governo para conter o consumo, uma vez que o crédito (tanto empréstimos em instituições financeiras quanto parcelamentos em lojas, por exemplo) fica mais caro. E, com menos demanda, a inflação tende a ceder.

Segundo especialistas, o ciclo de aumento da Selic deve se encerrar na próxima reunião do Banco Central, em novembro, com provável elevação de 0,25 ponto percentual na taxa, uma vez que a intenção da autoridade é conter o avanço dos preços no País no ano que vem.

"O próximo ano é eleitoral. Isso significa que o governo vai gastar mais e, consequentemente, haverá um aumento maior nos preços", explica Manuel Enriquez Garcia, presidente do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia - São Paulo) e da Ordem dos Economistas do Brasil.

Inflação
Conforme o último boletim Focus, publicação semanal do Banco Central que traz as projeções econômicas de instituições financeiras consultadas pela autoridade, o IPCA deve encerrar 2013 em alta de 5,82%. Para 2014, mesmo após a alta da Selic, a expectativa é chegar a 5,95%.

"O patamar da inflação, embora o ministro da Fazenda diga que está controlado, continua elevado, o que justifica o fim do ciclo de aumento da Selic apenas na última reunião do BC no ano", avalia João Brügger, da Leme Investimentos.

O processo, no entanto, dependerá do comportamento do IPCA. "Por enquanto, não há sinais que a inflação vai cair a 5,5%, patamar mais confortável. Apesar disso, é importante monitorar os grupos alimentação e serviços, os mais afetados pelo aperto monetário", afirma Enriquez Garcia.

Poupança
Com a Selic em 9,5% ao ano, a poupança continua mais atraente que a maioria dos fundos de renda fixa considerando o ganho líquido mensal, que desconta taxas cobradas e impostos. É o que mostra levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

Segundo a Anefac, a poupança, com rentabilidade de 0,58% ao mês, ganha de todos os fundos de renda fixa com taxa de administração a partir de 1,5% ao ano, independentemente do prazo para resgate dos recursos.

Já os fundos que cobram 1% ao ano de taxa empatam com a caderneta se o saque for feito após dois anos -nas demais situações, perdem. Os produtos que cobram 0,50% ao ano -normalmente, em aplicações acima de R$ 50 mil- empatam com a poupança para saques feitos entre seis meses e um ano e vencem em resgates a partir de um ano.


´Sem descuido com a inflação´

Brasília.
 O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou ontem que o governo não irá descuidar da inflação, apesar da variação acumulada nos últimos 12 meses até setembro ter ficado pela primeira vez no ano com índice abaixo de 6%.

Mesmo com esse alívio, Mantega evitou falar sobre um possível reajuste no preço da gasolina. "Isso não é assunto nosso. Reajuste da gasolina é da Petrobras", disse o ministro, em rápida entrevista ao chegar à sede da Fazenda. Mantega é presidente do conselho de administração da estatal.

O ministro disse ter ficado satisfeito com a variação do IPCA em setembro, que registrou alta de 0,35%, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE. No acumulado em 12 meses, a variação foi de 5,86%.

"Fiquei satisfeito com o IPCA. Ele é menor do que o IPCA de setembro do ano passado e do ano retrasado. Significa que a inflação está sob controle".

Mantega reconheceu ainda que a inflação deve subir "um pouco" no final do ano por causa de efeitos típicos do período, como entressafra e o início do período de chuvas, que afeta também os preços de alguns produtos. "Mas vamos ficar dentro da normalidade", disse.

2013
O governo espera fechar o ano com uma inflação menor do que a verificada em 2012, quando o IPCA subiu 5,84%.

Mesmo comemorando o resultado de setembro, Mantega afirmou que não irá descuidar do monitoramento dos índices de preços. "O governo tem que continuar alerta para impedir que a inflação volte a subir e atrapalhar o consumidor brasileiro", disse.

Reações
A elevação dos juros está dentro das expectativas, afirmou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade adverte que "a política fiscal deve ter papel mais ativo no combate".

Na análise do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, "é hora de baixar juros e aumentar o investimento público direto e em concessões".

Já a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) avalia que o Copom já deveria ter dado fim ao ciclo de alta. 


FONTE:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1326301

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