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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Sobrecarga na telefonia prejudica qualidade

ESPECIALISTAS APONTAM

Sobrecarga na telefonia prejudica qualidade

22.11.2013

Enquanto no Japão e nos EUA a proporção é de 400 e 1.000 linhas por antena; no Brasil, a média é 4.341 linhas
Mais investimentos em infraestrutura para suprir a demanda, a necessidade de acelerar a implantação do 4G e suas tecnologias acessórias e a simplificação do emaranhado de leis municipais que impedem maior rapidez na instalação de antenas de telefonia móvel foram as principais propostas apresentadas pelos professores do Departamento de Teleinformática do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) ouvidos ontem, na Assembleia Legislativa, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os serviços prestadas pelas operadoras do setor no Estado.

Professores do Departamento de Teleinformática do Centro de Tecnologia da UFC foram ouvidos ontem pela CPI que investiga os serviços prestados pelas operadoras de telefonia móvel no Ceará FOTO: DIVULGAÇÃO

Segundo o professor Francisco Rodrigo Porto Cavalcanti, coordenador do Gtel (Grupo de Estudos em Tecnologias sem Fio), a sobrecarga da rede de telefonia celular em todo o Brasil é um dos principais fatores a prejudicar a qualidade percebida pelo consumidor. Sobretudo levando-se em consideração a relação número de linhas conectadas por antena de transmissão. "Enquanto em países como o Japão, Espanha e Estados Unidos a proporção é de 400, 460 e de 1.000 linhas por antena, aqui no Brasil, segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) de 2012, a média é 4.341 linhas", aponta.


No Ceará, ainda de acordo com o professor, a situação é mais grave, pois são 5.665 linhas conectadas por antena, proporção bem superior à média do País, também observados os dados da Anatel.

Crise na telefonia
Conforme disse, o que motivou esse quadro, resultando em uma crise da telefonia móvel no Brasil, foi o lançamento de planos agressivos de captação de usuários com tempo ilimitado de acesso, o que acarretou um aumento no tempo médio das ligações e consequentemente de uso da rede. Ao mesmo tempo, ocorreu o avanço do uso da internet móvel, com a implantação do 3G, o surgimento de dispositivos como tablets e smatphones e a popularização das redes sociais.

"Esses novos serviços aumentaram a demanda pela telefonia móvel e passaram a compartilhar a mesma estrutura, sem investimentos compatíveis para acompanhar essa expansão, pressionando, assim, a rede", afirmou Rodrigo Cavalcanti.

Isso fica evidente, afirma, o pesquisador, ao se comparar o índice de crescimento da receita das operadoras de telefonia móvel na última década (entre os anos 2000 e 2011), que avançou 237%, enquanto o volume de investimentos cresceu apenas 63% e o número de usuários aumentou 1013% no período. "Não é à toa o crescente descontentamento do consumidor nos últimos cinco anos. E se as operadoras não fizerem nada a tendência é piorar e o sistema entrar em colapso", afirmou.

Segundo a Anatel, conta, só com a ampliação do 3G e a instalação do 4G serão necessários R$ 240 bilhões nos próximos anos. "Quatro vezes tudo o que foi investido até agora. As operadoras dizem que estão investindo, resta saber para que áreas estão sendo direcionados esses recursos", questionou.

ANCHIETA DANTAS JR.REPÓRTER 



FONTE:
DIÁRIO DO NORDESTE

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