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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Postos do CE já vendem gasolina menos poluente

R$ 20,6 BI INVESTIDOS NO PAÍS

Postos do CE já vendem gasolina menos poluente

08.01.2014

Apesar dos grandes investimentos, o custo da nova gasolina não deve ser repassado ao consumidor

Rio/Fortaleza Desde o primeiro dia deste ano a Petrobras está produzindo gasolina com baixo teor de enxofre, comparáveis às comercializadas nos Estados Unidos e Europa. A nova formula do combustível, chamado de S-50, já está sendo distribuída em postos da Capital e do Interior do Ceará, segundo o assessor de economia do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Ceará (Sindipostos-CE), Antonio José Costa.
Atualmente, os preços do diesel e da gasolina estão com defasagem em torno dos 15% em relação aos praticados no mercado internacional FOTO: DIVULGAÇÃO

Ele completa que pode ocorrer alguns eventuais atrasos na distribuição para o mercado cearense, mas não o suficiente para interromper o abastecimento dos postos. "As vezes ocorrer atraso na entrega por causa da logística do Cais do Porto e dos terminais, que não estão acostumados com a quantidade depois que ela aumentou muito", afirma. A situação, aponta Antonia José Costa, tem se repetido pelo menos nos últimos dois anos.

"Mas o consumidor não é prejudicado com isso. Não chega a faltar. É um atraso de horas, no máximo um dia", reitera.

Lançamento da S-50

Os investimentos da Petrobras para adaptar as suas refinarias nos últimos oito anos para o novo produto somaram R$ 20,6 bilhões, informou o gerente de soluções comerciais e desenvolvimento de produtos do abastecimento, Frederico Kremer.

Até 2003, a Petrobras produzia a gasolina S-800, ou seja, com emissão de 800 ppm (partes por milhão) de enxofre, que é representado pela letra S na tabela periódica. A nova gasolina emite 50 ppm.

Kremer substituiu o diretor da área de Abastecimento, José Carlos Cosenza, na divulgação do lançamento da nova gasolina, que acontece em meio a uma série de acidentes nas refinarias da Petrobras.

Nos últimos dois meses, pelos menos seis acidentes sem vítimas fatias foram registrados. Kremer não quis comentar o assunto, afirmando apenas que os acidentes não afetaram a produção da companhia.

Custos

De acordo com Kremer, apesar dos pesados investimentos, o custo da nova gasolina não será repassado ao consumidor. "Construímos nos últimos oito anos 21 novas unidades nas refinarias para reduzir o enxofre e melhorar a qualidade da gasolina, mas nossa política de preço para combustíveis não muda", disse o executivo. A Petrobras tem os preços da gasolina e do diesel controlados pelo governo por conta da inflação.

Atualmente, os preços dos dois combustíveis, que correspondem a mais da metade da receita da companhia, estão com defasagem em torno dos 15% em relação aos praticados no mercado internacional.

Kremer explicou que o uso da gasolina mais limpa, que reduz em 94% a emissão de enxofre no ambiente, só é eficiente em motores produzidos a partir de 2009. Se colocada em carros antigos, o efeito não é percebido, explicou Kremer.

"A tendência é que aos poucos toda a frota seja modernizada e o uso da gasolina S-50 aumente", avaliou.

Emissão de bônus

O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, está finalizando negociações no exterior para emissão de bônus em euros e libras, que irão reforçar o combalido caixa da empresa para 2014. A previsão é de que a emissão gire em torno dos 3 bilhões de euros e meio milhão de libras, segundos uma fonte da estatal.

O vencimento seria de quatro, sete e 11 anos para a emissão em euros e de 20 anos para os bônus em libras. De acordo com a fonte, a previsão é que a operação tenha o seu preço divulgado ainda hoje e seja fechada no dia 20, quando será divulgada oficialmente. A Petrobras investe US$ 47,3 bilhões por ano, segundo o plano de negócios 2013-2017, que está em revisão

Segundo a presidente da companhia, Graça Foster, o próximo plano (2014-2018) manterá esse patamar ou cairá "um pouco", disse em entrevista à Folha de S.Paulo no fim do ano passado.

O plano 2013-2017, no total de US$ 236,5 bilhões por cinco anos prevê a execução de 947 projetos. A empresa vem enfrentando dificuldades de caixa por não conseguir repassar os preços do petróleo e derivados que compra no mercado internacional para o mercado interno.

Apesar de lucrativa, as importações reduzem os ganhos da companhia, que conta com a venda de ativos e estratégias contábeis para evitar maiores perdas.

FONTE:
DIÁRIO DO NORDESTE

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