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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Sexo anal pode ser bom para os dois, mas demanda alguns cuidados com a higiene

23 de Fevereiro 2014 as 08:56

Desejo e fantasia de grande parte dos homens, o sexo anal é visto com reservas por muitas mulheres. Mesmo tendo vontade de praticá-lo, algumas acabam desistindo com medo de sentir dor ou mesmo de se machucar na hora, entre outros receios.

De acordo com especialistas, se o parceiro tem consciência desses temores femininos e sabe lidar com eles, o sexo anal tem muito mais chances de ser prazeroso para elas – prazer esse que não deve ser confundido com ter orgasmos com a penetração anal. Também ajuda quando se entende melhor como funciona o corpo e o desejo das mulheres.
Para os homens tomarem consciência desses receios, no entanto, é preciso que as mulheres também consigam falar sobre eles. “Não precisa ser uma conversa séria, pode ser um bate-papo informal. Aliás, falar de maneira descontraída ajuda a diminuir a tensão que o assunto provoca”, aconselha Maria Cristina Romualdo Galati, psicóloga e terapeuta sexual da Universidade Federal de São Paulo e do Instituto Kaplan.
Dica para ela: sexo anal não é presente
Débora Pádua, fisioterapeuta uroginecológica e orientadora sexual, diz que, antes de tudo, a mulher deve fazer sexo anal porque deseja e não pelo motivo errado. “Não pode ser um ‘prêmio’ para o marido só que porque é aniversário de casamento do casal, por exemplo. E o homem, por sua vez, tem que entender que é muito mais prazeroso quando a parceira está à vontade com a situação”, explica Débora, dizendo em casos como esses acabam resultando em ansiedade e numa posterior frustração.
Dica para ele: delicadeza é indispensável
O homem deve estar bem consciente a respeito de uma diferença fundamental. “Ele não pode penetrar no ânus da mesma maneira que faz na vagina. É preciso lembrar que a região anal não tem lubrificação própria como a vaginal”, avisa Maria Cristina.
A terapeuta sexual recomenda ainda que o homem não tenha pressa neste momento, caprichando nas carícias antes da penetração. Em consequência disso, a mulher ficará mais relaxada e excitada para a penetração anal. “Ele pode passar a glande do pênis no ânus e ao redor dele para estimular”, exemplifica Maria Cristina.
Uma boa possibilidade é começar a penetração incialmente com os dedos. “Primeiro, com calma, o homem coloca um dedo. Depois, quando a mulher estiver mais relaxada, coloca dois dedos de uma vez”, indica a terapeuta. “A mulher pode aproveitar e ir treinando a contração da região anal, contraindo e relaxando logo em seguida. Isso vai ajudá-la ter mais controle”, completa.
Dica para os dois: lubrificante e camisinha
Na hora da penetração em si, também não precisa ter pressa, mantendo o ritmo lento e progressivo recomendado pelas especialistas. “O homem pode inserir primeiro a glande, quando a mulher estiver mais segura, coloca um pouco mais e assim vai seguindo”, propõe Débora, lembrando que o uso da camisinha e do lubrificante a base de água é indispensável neste momento, já que o ânus é uma região sem lubrificação e é povoado por bactérias que são nocivas quando em contato com outras partes do corpo.
Débora não indica o uso de pomadas anestésicas. É perigoso. “Muitas vezes, elas tiram demais a sensibilidade. O homem acaba introduzindo o pênis de qualquer maneira e a mulher não percebe quando a penetração está machucando, o que pode acabar provocando fissuras no ânus”, esclarece a fisioterapeuta.
Dica para eles: não esqueça o resto do corpo
Mesmo quando está penetrando o ânus, o homem não deve esquecer as outras partes do corpo da mulher. “Tocar a vagina, especialmente o clitóris, deixa a mulher mais excitada e mais relaxada”, pontua Maria Cristina. “Ela também não precisa ser passiva e pode se masturbar, enquanto é penetrada”, acrescenta a terapeuta sexual. Essa estimulação dupla favorece o orgasmo.
Aliás, sobre a controvérsia se a mulher pode ou não ter um orgasmo anal, Débora diz que ainda não há nenhum estudo científico que comprove essa possibilidade. “Mas não importa de onde vem o prazer, porque não só as áreas genitais que estão envolvidas no orgasmo e sim o corpo todo”, avalia a fisioterapeuta.
Dica para os dois: existe uma posição ideal?
“Muitos homens têm como referência os filmes pornôs, achando que a mulher tem que ficar ‘de quatro’ em cima da cama na hora do sexo anal, sendo penetrada freneticamente. Mas essa não é a posição mais confortável para ela”, pondera Débora.
“Para começar, talvez seja melhor ficar na posição de conchinha ou com a mulher por cima do homem, cavalgando. Essa disposição dá mais controle da situação para a mulher, que não fica tão vulnerável”, finaliza a expert.
Sexo anal demanda alguns cuidados com a higiene

Existem mitos e preconceitos a respeito do sexo anal que, geralmente, são formados a partir de valores morais e religiosos. A ideia de cometer uma prática imoral ou um pecado impede algumas pessoas de experimentar. Outros entendem como uma diversificação na transa.
O receio costuma estar ligado à ideia de que a prática provoca hemorroidas, câncer e incontinência fecal, pontos ainda em discussão por especialistas, e ao medo de sentir dor.
De fato, nem todo mundo sente prazer com o sexo anal e isso deve ser respeitado entre os pares. Submeter-se porque é a tara do parceiro não é saudável para o casal.Cedo ou tarde isso se torna um ponto de conflito na relação ou leva à disfunção sexual do desejo feminino. A prática sexual só é boa se oferecer prazer para os dois.
A iniciação ao sexo anal deve ser gradativa e sem pressa de colocar todo o pênis numa única transa. Dessa forma, evita incômodos, dores ou o risco de acabar de repente com uma brincadeira que só começou. Quanto mais segurança se tem na prática, maior é a possibilidade de sentir prazer.
Quanto aos cuidados de higiene, quatro passos são importantes para evitar riscos à saúde:
1. Evacuar antes previne que as fezes surjam durante a prática e evita uma situação constrangedora.
2. Não passar do coito anal para o vaginal sem antes higienizar o pênis ou trocar a camisinha, para não infectar a vagina com bactérias. O mesmo risco ocorre no contato da língua ou dos lábios no ânus. É necessário usar uma proteção – pode ser a camisinha de língua (que não cobre toda a região da boca, mas incrementa a estimulação, pois é texturizada) ou o plástico filme, aquele para alimentos (que pode ser usado para cobrir toda a área genital feminina e oferece proteção mais completa).
3. Higienizar bem o local com água e sabonete após o sexo anal. Ele deve urinar após a transa, para limpar a uretra, e lavar o pênis.
4. Usar a camisinha. Ela é uma boa aliada para evitar maior atrito, a contaminação do pênis por bactérias da flora intestinal e as doenças sexualmente transmissíveis.

FONTE: 

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