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domingo, 6 de abril de 2014

Flores garantem mais faturamento

EXPANSÃO DE 15% AO ANO

Flores garantem mais faturamento

06.04.2014

O Ceará é o primeiro exportador de flores tropicais do País, o 2º de flores em geral e ainda o 3º exportador de rosas


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A Cearosa foi a primeira empresa a produzir rosas em escala comercial no CE
FOTO: SILVANA TARELHO
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Produzindo 461,7 milhões de litros de leite, em todos os 184 municípios do Estado, o valor bruto da produção (VBP) é de aproximadamente de R$ 464,8 milhões, segundo a Adece
FOTO: ALEX PIMENTEL
Apesar de os primeiros registros da floricultura no Ceará datarem do ano de 1919, somente nas décadas de 1970 e 1980 é que os projetos de produção de rosas, flores tropicais e folhagens começaram a aparecer no Maciço de Baturité, aproveitando as características de clima ameno da serra. Entretanto, o impulso maior se deu nos anos 1990, com a realização, em 1992, do primeiro evento especializado na atividade no Estado, promovido pela Embrapa, e, posteriormente, em 1999, com a criação da Gerência de Floricultura da então recém-criada Secretaria de Agricultura Irrigada do Estado do Ceará.
Tanto que, logo no ano seguinte, foi implantado o primeiro projeto de produção de rosas em larga escala em território cearense, localizado no município de São Benedito, na Serra da Ibiapaba. "A Cearosa foi a primeira empresa a produzir rosas em escala comercial no Estado", recorda o empresário, Paulo Selbach.
De acordo com ele, o negócio surgiu com o intuito de exportar. "E isso aconteceu durante os primeiros anos, mas o mercado interno acabou saindo de coadjuvante para protagonista. Primeiro porque vimos o consumo nacional começar a crescer, segundo por questões logísticas. Não tínhamos voos com frequência para o exterior", destaca o produtor. "Os mesmo problemas enfrentaram outros empresários que vieram produzir rosas no Ceará. E com a crise econômica internacional iniciada em 2008, todo mundo se voltou mais para o mercado interno", afirma.
Conforme Paulo Selbach, mesmo com o redirecionamento de foco, a atividade nunca parou de crescer. "Desde que começamos a gente nunca parou de crescer. A média de aumento do faturamento é de 15% ao ano, com a produção também crescendo na mesma proporção", revela.
Números impressionam
E as estatísticas corroboram a satisfação do empresário com a atividade. Segundo o levantamento da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) sobre o agronegócio local (dados de 2011), hoje, o Estado é o primeiro exportador de flores tropicais do País, o segundo de flores em geral e ainda o terceiro exportador de rosas.

A área plantada é de 305 hectares, espalhados em cinco polos produtores que abrangem 28 municípios, com valor bruto da produção (VBP) de R$ 131,8 milhões e exportações de US$ 5 milhões. Atualmente, 2.791 trabalhadores estão empregados diretamente na atividade.
Em 1999, quando tudo começou, os dados eram bem mais tímidos: cerca de 25 hectares de área plantada, VPB de apenas R$ 2,39 milhões e exportações somavam US$ 64 mil. Quanto aos empregos, somente 199 pessoas trabalhavam na produção de flores no Ceará.
O segredo para tamanho desempenho? De acordo com Paulo Selbach, um dos principais empresários do ramo no Estado, os fatores que mais contribuíram para o desenvolvimento da floricultura no Ceará foram a irrigação e a adoção de alta tecnologia proveniente dos principais produtores mundiais, a exemplo do cultivo protegido em estufa, com a geração de microclima, dando melhores condições para a planta. "Entretanto, o grande problema hoje no Brasil ainda é o preço. Lá fora, os produtores gastam 40% menos para fazer a mesma coisa que fazemos aqui", finaliza. (ADJ)
Produção de leite é maior do Nordeste

Ao lado da fruticultura e da floricultura, a pecuária irrigada, com a produção de leite, completa o tripé de atividades do agronegócio que mais se desenvolveram no Ceará até agora, com maior mercado e retorno econômico. Assim, como nos demais setores, o avanço se deu com o incremento de terras irrigadas, ainda em 1999.
"Naquela época, o Ceará tinha grande experiência na produção de leite de sequeiro, porém com baixa produtividade", recorda o agrônomo Zuza de Oliveira, que já presidiu a Agência de Desenvolvimento do Estado (Adece) e hoje é consultor em agronegócios.
Para se ter uma ideia, explica, "enquanto na pecuária de sequeiro são necessários três hectares para criar uma vaca, produzindo 13 litros de leite por dia, em áreas irrigadas, com apenas um hectare, são mantidas dez vacas, dando 15 litros de leite/dia cada". "Portanto, a diferença é enorme. Com o incremento tecnológico e o treinamento de pessoal, a lucratividade passou a ser outra. Tanto que, hoje, a produção de leite no Ceará é profissional, tornando-o o estado mais avançado do setor leiteiro no Nordeste", afirma.
Não é á toa, completa o especialista, que entre os dez maiores produtores de leite do Brasil, três estão localizados no Ceará. "E, atualmente, somos o maior produtor de leite do Nordeste", destaca. Luiz Girão, produtor da região do vale do Jaguaribe, mais precisamente do município de Limoeiro do Norte, é um exemplo de quem se deu bem coma atividade no Estado.
"No começo eram apenas 400 hectares irrigados, hoje já são mais de 2.000", comemora. Conforme disse, no primeiro mês a produção foi de somente 600 litros, a qual saltou, atualmente, para 18 a 20 mil litros todos os meses. "Portanto, a produtividade é absurda. A cada três a cinco anos dobramos o faturamento", complementa eufórico.
Conforme disse, com 320 produtores, existem de 12 a 14 mil hectares irrigados, hoje, no Estado dedicados à pecuária leiteira, tendo como principal técnica a de leite a pasto, "com a proteína necessária ao gado sendo buscada pelo próprio rebanho, que lá mesmo se alimenta, com essa alimentação sendo suplementada pelo milho".
Rebanho bovino
Ao todo, complementa a Adece (dados de 2012), o Ceará possui rebanho bovino de 2,7 milhões de cabeças, produzindo 461,7 milhões de litros de leite, em todos os 184 municípios do Estado, com valor bruto da produção (VBP) de R$ 464,8 milhões, incluindo aí os pequenos produtores. Atualmente, são 49 agroindústrias de leite em 26 cidades. No entanto, existem oito polos produtores, que abrangem 88 municípios cearenses. (ADJ)

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