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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Saindo do virtual e indo para o real

DESCONECTADOS

Saindo do virtual e indo para o real

20.10.2014

Tentar desapegar das redes sociais é uma missão difícil, mas que alguns estão conseguindo realizar

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Ao invés de ficar checando e-mails e estar conectado nas redes sociais, a ideia do Offzone é deixá-lo livre para curtir o momento com amigos, viver o mundo real
Uso das redes sociais em excesso pode fazer com que o usuário negligencie parte do desenvolvimento social e cognitivo
Indo na contramão do mundo cada vez mais online, aplicativo estimula o não uso de internet em estabelecimentos comerciais no Ceará
Conseguir se desconectar da internet e se conectar ao mundo real. Em uma época em que o wifi é quase essencial para diversão, deixar de lado a internet e as redes sociais tem se tornado um árduo exercício. Viver sem depender dessa plataforma tem sido um estilo de vida adotado por algumas pessoas que buscam aproveitar mais o tempo, as relações e a vida.
Foi pensando em aproveitar melhor o tempo que a publicitária Lylianne Leitão, 24, decidiu parar de usar as redes sociais. Focada em projetos importantes, como a monografia, ela percebeu que passava mais tempo vendo as novidades no Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp, do que se dedicando ao projeto de conclusão de curso. "O meu maior problema era o Facebook. Chegava em casa, ia para o computador com a intenção de passar alguns minutos. Em vez disso, passava horas vendo as notificações. E o tempo para a mono, não tinha", afirma.

Adeus Facebook
Para otimizar o tempo, a jovem desativou a conta do Facebook e delimitou quais redes e quanto tempo iria usar. O twitter foi excluído e o whatsApp só quando necessário. "Foi muito complicado no começo. Assim que eu ligava meu computador a primeira coisa que aparecia era o Facebook. Como tinha desativado a conta, não entrava mais. Era uma tentação, porque ele permite que você reabilite a sua conta. É uma abstinência", afirma.
Apesar de não ter tido como motivo um projeto específico, a estudante universitária Ana Paula Alencar também resolveu deixar de lado as redes sociais. A estudante, que chegava a passar horas, todos os dias, curtindo as redes sociais, decidiu que era hora de "se libertar" e passar a viver mais a "vida real". "Estamos tão conectados que esquecemos a Offline e nos conectamos online com as pessoas. Percebi que me limitava muito e ficava muito exposta. Decidir mudar o meu estilo de vida. É libertador", revela.
No início foi difícil. Porém, Ana Paula se acostumou e vê que hoje o seu estilo de vida melhorou consideravelmente. "Não vou dizer que as relações não sofrem um baque, pois sofrem. Aqueles que você praticamente só se relaciona nas redes sociais somem da sua vida! Mas, em compensação, você volta a conversar pelo telefone com os amigos mais próximos e aparece a necessidade de se encontrar e fazer coisas juntos. Passei a fazer outras coisas, como ver filmes, ler, ouvir música", afirma ela, que passou a se dedicar a novos projetos, e curtir mais a vida.
Para a psicóloga Sarah Castelo Branco, o uso de ferramentas eletrônicas, incluindo as redes sociais, deve ser controlado. O uso em excesso pode fazer com que o usúario negligencie parte do desenvolvimento, tanto do social como do cognitivo. Além disso, o usuário pode ficar viciado com o uso frequente das redes sociais."É bom ficar atento ao uso. Não é que você não possa usar essas tecnologias; é como você vai usar. Já recebi no meu consultório vários pacientes que apresentam sintomas de abstinência após ficarem sem usar essas plataformas por um período. Isso é realmente sério", afirma.
Atualmente, Ana Paula mantém uma conta no Facebook para uso profissional. É através dela que ela se comunica com a equipe e fica avisada de reuniões e planejamentos da faculdade. "Eles colocam as informações nessa rede social porque entendem que todos os alunos possuem uma conta, principalmente por se tratar de Publicidade, um curso onde o uso da tecnologia é bem utilizado", afirma e estudante, que decidiu criar uma nova conta após perder avisos importantes, como o cancelamento de uma aula.
Offzone
Indo na contramão do mundo cada vez mais online, os empresários Rafael Coelho e Cardoso Neto resolveram criar um aplicativo para estimular o não uso de internet em estabelecimentos, o Offzone. A ideia para a criação surgiu de Rafael, que ficava chateado porque a esposa e os amigos perdiam muito tempo em redes sociais em vez de curtirem o momento. "A minha esposa, sempre que nós saímos, ficava direto no celular, batendo foto, postando, comentando. Aquilo chegava a me irritar. Chegávamos em um canto e quando percebia, várias pessoas estavam também no celular. Notei que era uma boa oportunidade para criar algo que estimulasse o diálogo entre as pessoas", afirma
Em parceria com restaurantes, bares e salões de beleza na Capital, o Offzone estipula um tempo médio para que o usuário fique no estabelecimento sem usar o telefone. Caso consiga passar o tempo sugerido, o consumidor ganha algum tipo de cortesia. "É só baixar o app e instalar no smartphone. Daí, ao chegar ao estabelecimento, você liga o cronômetro do celular e deixa o tempo contando. Quando bater a meta, o cliente ganha algum brinde, como uma cerveja, por exemplo", afirma Rafael.
Por enquanto, apenas alguns restaurantes, bares e um salão de beleza são parceiros do Offzone. De acordo com Rafael Coelho, a expectativa é de que nos próximos dias outros estabelecimentos de segmentos variados também entrem para o time dos desconectados. Vai entrar nessa?
Mais informações
O Offzone está disponível para iOS e Android. O aplicativo é gratuito. Após baixar, quando estiver no estabelecimento, basta liga r o app e atingir o tempo para ganhar.


FONTE: DN

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