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segunda-feira, 20 de março de 2017

Veterinário diz que substância para preservar carne não produz câncer

© Divulgação

Segundo ele, trata-se de "uma substância recomendada pelos Códigos Alimentares destas duas entidades e, portanto, não são cancerígenos"



Após revelar que dezenas de empresas do setor alimentício estão sendo investigadas por estar envolvidas em um esquema de corrupção que liberava a comercialização de alimentos produzidos por frigoríficos sem a devida fiscalização sanitária, a Polícia Federal informou que substâncias como ácido ascórbico eram adicionadas à carne para conservá-la, o que poderia gerar impacto na saúde dos consumidores tal como câncer.
Peças do inquérito revelaram que carnes eram vendidas fora do prazo de validade, misturadas com papelão e até com substâncias cancerígenas.
 Sobre estas questões suscitadas na investigação policial, que abrange frigoríficos e funcionários do setor de fiscalização do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), a Sputnik Brasil entrou em contato com o veterinário Sebastião Costa Guedes, Presidente da Academia Brasileira de Medicina Veterinária e Presidente em exercício do CNPC, Conselho Nacional da Pecuária de Corte.
O Dr. Sebastião Costa Guedes garantiu que o ácido ascórbico, além de não ser agente cancerígeno, é mundialmente recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela FAO (Organização das Nações Unidas Para Alimentação e Agricultura. 
Mas, para o Dr. Sebastião Costa Guedes, a prioridade da Polícia Federal e do Poder Judiciário deve ser a identificação e a punição de todos os responsáveis por estes atos de corrupção:
“Essa investigação nós esperamos que vá até o fim, que se identifiquem os culpados e que eles sejam punidos. Eles estão causando um tremendo mal não só ao público como também aos produtores, à opinião pública e, até mesmo, com reflexos internacionais", disse ele. 
Nós precisamos separar, realmente, esses indivíduos. O Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, relatou que isso envolve 21 empresas num universo de mais de 4.700 empresas, e envolve 33 funcionários públicos num universo de 11 mil funcionários. Então, é uma minoria ínfima que deve ser punida com severidade”, acrescentou. 
Para o Dr. Sebastião Costa Guedes, o país trata o processamento da carne com a maior seriedade: “O Brasil é um país sério que tem uma ótima infraestrutura de frigoríficos e um ótimo nível de produção. Nós temos qualidade nas nossas carnes, especial, a bovina. Então, estamos sendo vítimas desta nota [sobre a Operação Carne Fraca] divulgada pela Polícia Federal. Mas nós compartilhamos da ideia de que a Polícia Federal tem mesmo que aprofundar as investigações e isolar os chamados criminosos, digamos assim, com a criminalidade caracterizada. Porque o estrago que se fez na opinião pública brasileira é muito grande”, disse Guedes. 
Além disso, o Dr. Sebastião Costa Guedes defendeu também que substâncias usadas para preservar as carnes, divulgadas como nocivas, são normais e utilizadas no mundo inteiro. 
Está havendo uma certa confusão no que a Polícia Federal tem divulgado. Há substâncias que são normais para o tratamento dos embutidos da carne como o ácido ascórbico que é a adição da Vitamina C. Trata-se de um conservante perfeita e normalmente utilizado no mundo inteiro e que é recomendado tanto pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como pela FAO (o órgão das Nações Unidas Para Alimentação e Agricultura)", disse.
Segundo ele, trata-se de "uma substância recomendada pelos Códigos Alimentares destas duas entidades e, portanto, não são cancerígenos".
"Está havendo confusão e falta de conhecimento técnico. Até entendemos que a Polícia Federal não pôde informar ao Ministério da Agricultura a realização da Operação Carne Fraca porque havia suspeitos do Ministério envolvidos nesta investigação mas agora tudo vai-se esclarecer”, concluiu. (Sputnik Brasil

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