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quinta-feira, 10 de maio de 2018

Documentário pede fim da violência obstétrica nas salas de cirurgia

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Em O Renascimento do Parto 2, público percebe que o ato de parir ainda está longe de ser humanizado no Brasil, país líder em número de cesarianas no mundo


Num país que é líder no mundo em partos do tipo cesariana (55% no sistema público e 90% no privado), o apelo do documentário O Renascimento do Parto 2 é pelo mínimo de intervenções médicas na sala de cirurgia. Quanto mais natural, melhor, o que inclui aí o repensar das variações de violências obstétricas ainda muito praticadas.

Se no primeiro filme  dirigido por  Eduardo Chauvet, em 2013, o foco estava no contraponto entre os riscos da cesárea eletiva aos benefícios do parto natural, nesse o tema ganha contorno de denúncia. Cortes desnecessários, incentivos ofensivos e machistas, abordagens e manipulações violentas... O impacto chega no público logo no início: a primeira cena parece  muito uma reanimação por massagem cardíaca. Mas não é nada disso.
O que a câmera flagra - e você vê e ouve, chocado - é a aplicação da manobra de Kristeller, prática de risco banida pelo Ministério da Saúde, em que o útero da mulher é pressionado para expulsar o bebê. Não sabe como é? Assim, ó:  os  médicos empurram a barriga da mãe com as mãos, braços, cotovelos e até joelhos. O resultado: a manobra, já proibida em diversos países, pode causar lesões graves, como deslocamento de placenta, fratura de costelas e traumas encefálicos.
A dor, o desespero e a fragilidade daquela mulher ali, deitada diante de estranhos, bate pesado. Após tantas investidas violentas, a criança é expelida com uma força intensa para fora da barriga da mãe, que não consegue alcançar o instinto natural para acolher o filho diante do trauma.
Entre cenas chocantes e depoimentos emocionados de anônimas e celebridades que optaram por uma experiência mais humanizada, como a apresentadora Fernanda Lima, e profissionais de saúde, o público se depara também com exemplos que deram certo no Brasil. Em Belo Horizonte, há o Hospital Sofia Feldman, que acolhe pelo SUS. Há também a prática do Reino Unido, considerado exemplar ao incluir casas de parto e centros de parto normal.

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