Jovens do sexo masculino, entre os 15 e os 30 anos, representam mais de 75% do grupo de risco de pessoas que sofre acidentes de mergulho entre Junho e Setembro. A sua ocorrência é a quarta causa de lesão medular e os estudos revelam que a maioria verifica-se em locais de profundidade inferior a 150 cm. Quando superior a 3m/s, a velocidade do impacto é suficiente para causar lesões cervicais irreversíveis.
Com o aumento das temperaturas e início do período de férias de Verão dos portugueses, a procura por destinos de praia e piscina é cada vez maior. Independentemente do destino, a entrada na água é uma constante, nem sempre atenta à cor da bandeira na praia ou aos avisos de não mergulho nas piscinas.
De acordo com um estudo publicado na revista de Cirurgia Ortopédica e Traumatologica Francesa, e recordado pelo Spine Center em Portugal, na grande maioria dos casos a vítima desconhece ou conhece mal o local em que se dá o acidente. «De facto, o mergulho ocorre em primeiro lugar e só depois de entrar na água, muitas vezes mal e com danos ligeiros, é que o alerta surge e se verificam as condições e a real profundidade do espaço», começa por explicar Luís Teixeira, director do Spine Center.