domingo, 6 de março de 2016

Devo negar


Devo negar
O palpitar incessante no peito
Quando o vejo pelas ruas
                                                         Nas tardes de outono...
Devo negar
O brilho nos olhos
Quando encontram os seus tão selvagens...
Devo negar
Que em seus braços
Sou mulher atrevida e desejada...
Devo sempre negar
                                                         O copo de cerveja...
As mordidas no ombro...
As lambidas na barriga...
As mãos que deslizam em minhas coxas sedentas...
                                                     O suor que borbulha em nossos corpos nus...
As línguas fervilhantes
Que se enlaçam... entrelaçam...e se soltam
Provocando intenso prazer...
Devo negar
O ar que respiro...
O sol que brilha...
A lua que inspira os poetas...
O mar que invade os sonhos...
De negar, mas sinto loucamente ...



FONTE: Eliane de Lacerda

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