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Segundo ele, trata-se de "uma substância recomendada pelos Códigos Alimentares destas duas entidades e, portanto, não são cancerígenos"
Após revelar que dezenas de empresas do setor alimentício estão sendo investigadas por estar envolvidas em um esquema de corrupção que liberava a comercialização de alimentos produzidos por frigoríficos sem a devida fiscalização sanitária, a Polícia Federal informou que substâncias como ácido ascórbico eram adicionadas à carne para conservá-la, o que poderia gerar impacto na saúde dos consumidores tal como câncer.
Peças do inquérito revelaram que carnes eram vendidas fora do prazo de validade, misturadas com papelão e até com substâncias cancerígenas.
Sobre estas questões suscitadas na investigação policial, que abrange frigoríficos e funcionários do setor de fiscalização do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), a Sputnik Brasil entrou em contato com o veterinário Sebastião Costa Guedes, Presidente da Academia Brasileira de Medicina Veterinária e Presidente em exercício do CNPC, Conselho Nacional da Pecuária de Corte.
O Dr. Sebastião Costa Guedes garantiu que o ácido ascórbico, além de não ser agente cancerígeno, é mundialmente recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela FAO (Organização das Nações Unidas Para Alimentação e Agricultura.
Mas, para o Dr. Sebastião Costa Guedes, a prioridade da Polícia Federal e do Poder Judiciário deve ser a identificação e a punição de todos os responsáveis por estes atos de corrupção:
“Essa investigação nós esperamos que vá até o fim, que se identifiquem os culpados e que eles sejam punidos. Eles estão causando um tremendo mal não só ao público como também aos produtores, à opinião pública e, até mesmo, com reflexos internacionais", disse ele.