sábado, 16 de março de 2019

Desembargador é condenado por extorsão no Ceará

Magistrado também é suspeito de vender sentenças para soltar criminosos durante plantões no Tribunal de Justiça do Ceará.
Tribunal de Justiça do Ceará cria órgão para acelerar
 julgamento d crimes cometidos por facções criminosas
 — Foto: TJCE/Divulgação
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou o desembargador Carlos Rodrigues Feitosa, do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), pelo crime de concussão (ou seja, extorsão de funcionários). O magistrado também responde a ações penais em decorrência da Operação Expresso 150, que desarticulou um esquema de corrupção de venda de sentença para soltar criminosos nos plantões do Poder Judiciário.

O G1 procurou a defesa do réu, mas as ligações não foram atendidas até o momento.

O desembargador foi condenado com uma pena de três anos, dez meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial semiaberto, na última quinta-feira (14). O magistrado é acusado de exigir vantagens para ao menos dois funcionários, seguidas vezes.

Carlos Feitosa pode perder o cargo público de desembargador de Tribunal de Justiça. O STJ também julga a medida. Na sessão de quinta-feira (14), dois ministros votaram a favor da perda do cargo, mas outro membro do Tribunal pediu vista regimental, e o julgamento foi adiado.

O TJCE paga R$ 43 mil mensais a Carlos Feitosa. Em agosto de 2017, já investigado na 'Expresso 150', o Tribunal de Justiça determinou o pagamento de R$ 102,8 mil de auxílio moradia ao desembargador. O magistrado chegou a ser afastado das funções, devido as investigações, mas hoje está aposentado.

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