quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Vamos falar sobre obesidade infantil e bullying?

Crianças com obesidade têm sua saúde física e mental comprometidas
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POR SAÚDE BRASIL
Como resultado de hábitos não saudáveis, a obesidade tem sido assunto frequente nos consultórios médicos. Trata-se de uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal, que possui múltiplas causas e tem feito parte da vida dos brasileiros cada vez mais cedo.

Falando sobre os hábitos atuais, uma importante correlação é o aumento da obesidade em decorrência do consumo elevado de alimentos ultraprocessados e da redução de práticas de atividade física. Mas a preocupação não para por aí: a obesidade ainda é fator de risco para diversas doenças, como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer.

Quando falamos de obesidade na infância, as consequências podem ser por toda a vida. Isso porque o peso elevado pode continuar durante a fase adulta. Segundo o Ministério da Saúde, crianças acima do peso possuem 75% mais chances de serem adolescentes obesos, e adolescentes obesos têm 89% de chances de serem adultos obesos.

Menos apelidos, mais acolhimento
Além de consequências para a saúde, uma criança com obesidade ainda pode sofrer com as práticas de bullying. Esse comportamento é muito presente especialmente na infância, principalmente quando relacionado a alguma característica física, sendo muito pior no caso das crianças obesas.

Segundo Monique Pimentel, psicóloga organizacional da Maternidade Escola Januário Cicco, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), bullying é uma intimidação sistemática, que envolve agressões físicas e psicológicas com atos de humilhação ou discriminação.

As consequências disso podem ser muito sérias durante a infância e também na fase adulta. A psicóloga explica que estudos já atestam que crianças vítimas de bullying apresentam maior risco de desenvolver problemas de saúde na vida adulta, como algum tipo de transtorno psiquiátrico, compulsão alimentar, vício do cigarro/álcool e diagnóstico de doenças graves, além dos efeitos nas relações sociais e profissionais.

A profissional orienta que a melhor maneira para lidar com o problema é a conscientização e o diálogo. “É preciso que a rede de apoio (pais, professores, colegas e demais atores sociais) esteja alinhada para prestar o cuidado adequado tanto à vítima do bullying como também ao agressor, pois essa agressividade pode estar camuflando outras necessidades”, completa.
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