segunda-feira, 6 de agosto de 2012

VI NO FACE


Homens bradam ao soar das lâminas forjadas
Em riste, espadas selam tão sucintos destinos
E velam por vidas concisas, em breve ceifadas
E açoitam almas armadas com seus desatinos

Por trás da armadura, guerreiros sem causa
Pais ou filhos, sem filhos, nem pais, nem paz
Que lutam em luto, que fenecem sem pausas
Que rogam por glória, sem a honra que os jaz

No duelo em que apenas mortos sobrevivem
O nome de Deus valida as conquistas em vão
Daqueles que debocham de sua divina origem

No acaso do caos, os peões à pulsão dão vazão
Onde humanos ou bichos sequer se distinguem
Logo o absurdo faz do bárbaro súbita redenção

EM NOME DA HONRA (2009): http://agiripocavaipiar.blogspot.com/2012/08/em-nome-da-honra-2009.html

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