SAÚDE
Todos os anos, Salvador registra 354 novos casos de hanseníase
Carmen Vasconcelos (carmen.vasconcelos@redebahia.com.br)
No início deste ano, Patrícia (que preferiu resguardar identidade) percebeu uma mancha logo abaixo do seio. Inicialmente acreditou que a lesão havia sido provocada pelo uso do sutiã. Os dias foram passando e ela percebeu que a mancha crescia, descamava e, com ela, sentia muitas dores nas articulações e nos músculos. Curiosa, procurou na internet alguma informação sobre o seu quadro e descobriu que podia estar com hanseníase. “Fui buscar o posto de saúde próximo à minha casa e, de lá, me encaminharam para 14º Centro, em Brotas, e eles confirmaram o diagnóstico, a partir daí, comecei o tratamento e, agora, estou chegando ao final, ansiosa por receber alta”, comemora.
Todos os anos, Salvador registra 354 novos casos de hanseníase. A infecção causada pelo bacilo Mycobacterium leprae (também conhecida como bacilo-de-hansen) é responsável por causar danos aos nervos e à pele. No passado, a hanseníase (nome dado em referência ao descobridor do micro-organismo causador da doença, o médico Gerhard Hansen), também chamada de lepra, foi responsável por pânico mas, hoje, ela é curável e o tratamento é disponibilizado gratuitamente na rede pública de saúde.