Evangelho segundo São João 14,7-14
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 7"Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes".
Sábado, 5 de Maio de 2012.
SANTO DO DIA: São Gotardo de Hildesheim, Bispo; Santo Ângelo, Mártir
Primeira leitura: Atos dos Apóstolos 13,44-52 Leitura dos Atos dos Apóstolos:
44No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra de Deus. 45Ao verem aquela multidão, os judeus ficaram cheios de inveja e, com blasfêmias, opunham-se ao que Paulo dizia. 46Então, com muita coragem, Paulo e Barnabé declararam: "Era preciso anunciar a palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como a rejeitais e vos considerais indignos da vida eterna, sabei que nos vamos dirigir aos pagãos. 47Porque esta é a ordem que o Senhor nos deu: 'Eu te coloquei como luz para as nações, para que leves a salvação até os confins da terra'". 48Os pagãos ficaram muito contentes, quando ouviram isso, e glorificaram a Palavra do Senhor. Todos os que eram destinados à vida eterna, abraçaram a fé. 49Desse modo, a palavra do Senhor espalhava-se por toda a região. 50Mas os judeus instigaram as mulheres ricas e religiosas, assim como os homens influentes da cidade, provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território. 51Então os apóstolos sacudiram contra eles a poeira dos pés, e foram para a cidade de Icônio. 52Os discípulos, porém, ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo.
- Palavra do Senhor - Graças a Deus
Salmo 98
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
R: Os confins do mundo contemplaram a salvação do nosso Deus.
- O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
R: Os confins do mundo contemplaram a salvação do nosso Deus.
- Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
R: Os confins do mundo contemplaram a salvação do nosso Deus.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 14,7-14
- Aleluia, Aleluia, Aleluia. - Se guardais minha palavra, diz Jesus, realmente vós sereis os meus discípulos (Jo 8, 31s) - R: Aleluia, Aleluia, Aleluia!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo São João:
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 7"Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes". 8Disse Filipe: "Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!" 9Jesus respondeu: "Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: 'Mostra-nos o Pai'?" 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei.
- Palavra da salvação - Glória a Vós, Senhor
Comentário ao Evangelho do dia feito por Bem-aventurado João Paulo II Encíclica « Dives in Misericordia » § 2 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Quem Me vê, vê o Pai»
Em Cristo e por Cristo, Deus torna-Se particularmente visível na Sua misericórdia; isto é, põe-se em evidência o atributo da divindade a que já o Antigo Testamento, servindo-se de diversos conceitos e termos, tinha chamado «misericórdia». Cristo confere um sentido definitivo a toda a tradição do Antigo Testamento relativa à misericórdia divina. Não somente fala dela e a explica recorrendo comparações e parábolas, mas sobretudo encarna-a e personifica-a. Ele próprio é, em certo sentido, a misericórdia. Para quem a vê n'Ele - e n'Ele a encontra -, Deus torna-se particularmente «visível» como Pai «rico em misericórdia» (Ef 2,4).
A mentalidade contemporânea, talvez mais do que a do homem do passado, parece opor-se ao Deus de misericórdia, e tende a separar da vida e a tirar do coração humano a própria ideia da misericórdia. A palavra e o conceito de misericórdia parecem causar mal-estar ao homem, o qual, graças ao enorme desenvolvimento da ciência e da técnica, nunca antes verificado na história, se tornou senhor da terra, a subjugou e a dominou. Tal domínio sobre a terra, entendido por vezes de forma unilateral e superficial, parece não deixar espaço para a misericórdia. [...] A situação do mundo contemporâneo não só manifesta transformações que fazem esperar um futuro melhor do homem sobre a terra, mas apresenta também múltiplas ameaças, que ultrapassam largamente as conhecidas até agora. [...]
A verdade revelada por Cristo a respeito de Deus «Pai das misericórdias» (2 Cor 1,3) permite-nos vê-l'O particularmente próximo do homem, sobretudo quando este sofre, quando é ameaçado no próprio coração da sua existência e da sua dignidade. Por este motivo, na actual situação da Igreja e do mundo, muitos homens e muitos ambientes, guiados por um vivo sentido de fé, voltam-se quase espontaneamente, por assim dizer, para a misericórdia de Deus. São certamente impelidos a fazê-lo pelo próprio Cristo, o qual, mediante o seu Espírito, continua a operar no íntimo dos corações humanos.
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