IDENTIDADE FEMININA
Sem mama mas sensual e com autoestima
29.10.2013
O tratamento do câncer de mama repercute na identidade feminina. A prática da dança do ventre ajuda a mulher a resgatar a autoestima
O que define uma mulher? Essa questão é colocada em xeque quando se depara com o câncer de mama. Foi o que ocorreu com a contadora Lúcia Maria Sousa, 50 anos, que em 2011 descobriu a presença do câncer e para eliminá-lo teve que retirar uma mama.
O que define uma mulher? Essa questão é colocada em xeque quando se depara com o câncer de mama. Foi o que ocorreu com a contadora Lúcia Maria Sousa, 50 anos, que em 2011 descobriu a presença do câncer e para eliminá-lo teve que retirar uma mama.
Lúcia Maria, 50, enfrenta a luta contra o câncer com otimismo. A dança a fez descobrir outros traços de sua sensualidade FOTO: WALESCA SANTIAGO
Com os tratamentos de radioterapia e quimioterapia junto a uma imagem no espelho que mostrava apenas uma mama, o questionamento veio à tona. Foi com uma autoestima reduzida e se percebendo menos feminina que a paciente chegou à dança do ventre, atividade física aeróbica considerada uma arte milenar.
“Todo esse processo demorou cerca de um ano. Junto com a mama, também se foi meu marido e o trabalho. Em 2012 me achava feia e menos mulher, mas comecei a dança do ventre com uma educadora física e resgatei minha autoestima e feminilidade. Deus havia me dado uma outra chance e eu deveria aproveitar com toda vontade. Comecei a ver que, mesmo sem um seio, eu não deixava de ser mulher. Eu tenho quadril, tenho coxas, meus braços fazem movimentos sensuais”, rememora.
Com os tratamentos de radioterapia e quimioterapia junto a uma imagem no espelho que mostrava apenas uma mama, o questionamento veio à tona. Foi com uma autoestima reduzida e se percebendo menos feminina que a paciente chegou à dança do ventre, atividade física aeróbica considerada uma arte milenar.
“Todo esse processo demorou cerca de um ano. Junto com a mama, também se foi meu marido e o trabalho. Em 2012 me achava feia e menos mulher, mas comecei a dança do ventre com uma educadora física e resgatei minha autoestima e feminilidade. Deus havia me dado uma outra chance e eu deveria aproveitar com toda vontade. Comecei a ver que, mesmo sem um seio, eu não deixava de ser mulher. Eu tenho quadril, tenho coxas, meus braços fazem movimentos sensuais”, rememora.
Natália Capistrano ensina dança do ventre e difunde os benefícios Foto: Bruno Gomes
Hoje, Lúcia Maria se considera uma nova mulher, com mais desejo de viver. Faz terapia, tem namorado e, recentemente, reconstruiu a mama. “Diminui a barriga e ainda ganhei seio. Quando olho para trás vejo que essa doença me trouxe muitas melhoras”, afirma.
Simbologia recuperada
A mastectomia (cirurgia para retirada da mama antes do desenvolvimento do câncer) ou quadrantectomia (retirada apenas de um dos quatro quadrantes da mama) podem abalar mais do que fisicamente a estrutura de uma mulher. Isso porque a mama é considerada um símbolo de feminilidade.
Além da perda da mama, há outros aspectos corporais que comprometem a autoestima e influenciam a autoimagem da mulher ao longo do processo de recuperação do câncer. A quimioterapia, a radioterapia, a hormonoterapia entre outros tratamentos podem gerar perda de cabelos, a parada ou irregularidade da menstruação e da infertilidade, o aumento ou a diminuição de peso e a presença de unhas quebradiças.
Diante desse contexto, a dança do ventre é capaz de trazer mudanças positivas e psicológicas para essas mulheres, confirma a psicóloga clínica e psico-oncologista Rafaella Brito, especialista pela Fundação Antônio Prudente e certificada pela Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia.
Vicky NóbregaRepórter
Hoje, Lúcia Maria se considera uma nova mulher, com mais desejo de viver. Faz terapia, tem namorado e, recentemente, reconstruiu a mama. “Diminui a barriga e ainda ganhei seio. Quando olho para trás vejo que essa doença me trouxe muitas melhoras”, afirma.
Simbologia recuperada
A mastectomia (cirurgia para retirada da mama antes do desenvolvimento do câncer) ou quadrantectomia (retirada apenas de um dos quatro quadrantes da mama) podem abalar mais do que fisicamente a estrutura de uma mulher. Isso porque a mama é considerada um símbolo de feminilidade.
Além da perda da mama, há outros aspectos corporais que comprometem a autoestima e influenciam a autoimagem da mulher ao longo do processo de recuperação do câncer. A quimioterapia, a radioterapia, a hormonoterapia entre outros tratamentos podem gerar perda de cabelos, a parada ou irregularidade da menstruação e da infertilidade, o aumento ou a diminuição de peso e a presença de unhas quebradiças.
Diante desse contexto, a dança do ventre é capaz de trazer mudanças positivas e psicológicas para essas mulheres, confirma a psicóloga clínica e psico-oncologista Rafaella Brito, especialista pela Fundação Antônio Prudente e certificada pela Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia.
Vicky NóbregaRepórter
FONTE:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1332576
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