Mais de mil pessoas vão passar o fim de semana na ilha, participando de discussões sobre política e sobre tolerância
É um lugar minúsculo – algumas poucas centenas de metros quadrados de uma colina com florestas e algumas clareiras. Um lugar tranquilo com flores silvestres, onde se pode ouvir o som da água correndo e do canto dos pássaros.
Mas pelos últimos quatro anos, a ilha de Utoeya, na Noruega, tem sido associada a um ato de crueldade incomensurável.
Quando Anders Behring Breivik baleou e matou 69 pessoas, a maioria adolescentes, que participavam de um encontro da juventude do Partido Trabalhista Norueguês, em 22 de julho de 2011, Utoeya entrou na lista de cidades - como Nova York, Londres, Madri e Mumbai - que foram palco de violência motivada por questões políticas.
Agora, a Liga da Juventude Trabalhista (AUF, na sigla em norueguês) quer reivindicar Utueya como lugar de idealismo jovem e discurso político tolerante.
Mais de mil jovens ativistas desembarcaram na ilha, a apenas meia hora da capital Oslo, tomando as clareiras com mochilões, cabanas e violões.
Ao lado de novas construções de madeira onde os participantes discursarão sobre como combater o extremismo na Noruega, entre outros tópicos, está a cafeteria onde muitos de seus companheiros morreram – e que ainda tem marcas de bala e outros sinais da tragédia.
Caos
Ragnhild Kaski, de 25 anos, lembra de ter se escondido perto dali. Ela ouvi os tiros e os gritos, mas nunca chegou a ver Breivik.
"O que eu me lembro daquela dia era do caos. Eu acho que ninguém estava entendendo o que estava acontecendo de verdade." Agora secretária-geral da AUF se preparando para o primeiro encontro desde 2011, Kaski tenta não ficar obcecada pelo dia mais sombrio de Utoeya.
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FONTE: BBC
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