Margaret Pelicano
Quando me apaixono,
firo, mato, estripo... se me aborreço!
Falo das paixões humanas, passionais!
Meu espírito luta para nãos ser assim,
porém sabe que tenho o sangue ruim!
Sangue humano, material,
O pior bicho que Deus criou,
bicho homem, desigual!
Queria ser árvore, ter seiva,
doar-me, só doar-me, florescer constantemente
Mas não, o sangue é quente!...
Quando me apaixono me magôo!
Quando me magôo morro, por vários dias
entro em nebulosas frias...
Vivo, Se sou correspondida nesse amor cego e louco...
Por que viver é se apaixonar, não não tem graça o pouco!
Quando me apaixono me entrego corpo, alma, mente, música
do mindinho do pé, até o fio de cabelo mais comprido
atenta a tudo, fico parecendo uma medusa,
e apresento efeitos colaterais, amo: livros, filmes, animais, vegetais,
sensações capitais do amor demais!...
Quando me apaixono...ah!
quero fortemente!
Com força!
com fé!
com graça!
a ponto de rezar e agradecer constantemente o amor
pedir a Deus para esta alegria não terminar
Por que este 'flash', estes instantes
que põe uma relação a perder ou a ganhar
são paixões descontroladas,
transtornam a alma, que cega
não quer mais sossegar!
Brasília - 24/03/2011
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