SÃO PAULO - Em campanha salarial, os bancários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira, 27, em todo o País. A decisão dos sindicatos da categoria e a paralisação dos Correios devem trazer mais complicações para o consumidor na hora de pagar as contas.
O Procon-SP orienta que o cliente 'fique ciente que não liquidar a fatura, boleto bancário ou qualquer outra cobrança, que saiba ser devedor, não o isenta do pagamento, se outro local lhe for disponibilizado para realizá-lo'. Assim, a recomendação é entrar em contato com a empresa e solicitar outra opção de local para efetuar o pagamento.
A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) lembra que, além das agências bancárias, os consumidores podem realizar suas operações em caixas eletrônicos (179 mil pelo país), e em mais de 165 mil correspondentes não bancários, como casas lotéricas, agências dos correios e redes de supermercados.
Outra opção é fazer uso dos serviços de débito automático para pagamento de contas de consumo (como água, luz e telefone), além de realizar transações por meio de internet, telefone fixo ou celular.
Segundo o Procon, caso o fornecedor não disponibilize outro local de pagamento, o consumidor deve documentar esta tentativa de quitar o débito e pode registrar uma reclamação junto ao órgão.
Os bancos ofereceram reajuste a todos os salários, pisos salariais, benefícios e participação nos lucros e resultados (PLR) de 8% a partir de 1º de setembro de 2011. Já os bancários reivindicam 12,8% de reajuste, sendo 5% de ganho real, e aumento do piso para R$ 2.297,51 (segundo os trabalhadores, pela proposta da Fenaban, o piso subiria para R$ 1.350,00). O PLR pedido é de três salários acrescidos de R$ 4,5 mil.
A greve nacional dos bancários recebeu adesão de funcionários nos 25 Estados e no Distrito Federal, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O único estado sem greve é Roraima, que deve decidir sobre a adesão ao movimento durante assembleia na noite de hoje.
(Com Marcelo Rehder, de O Estado de S.Paulo, Solange Spigliatti, do estadão.com.br, e Agência Estado)