Caminhei descalça
Pelas ruas da vida
E sangrei meus pés,
Em busca de que?
@Aldaléia Aquino
Pensamentos sonâmbulos
ou confinados
nas barras do preconceito.
Sentimentos anestesiados
ou enjaulados no medo da incerteza
e do mistério...
Atitudes e gestos
que nada têm a ver conosco,
com o nosso eu.
Alma em desalinho,
perambulante,
mascarada,
por não querer mostrar ao mundo
a sua dor,
ou acuada nos muros do desamor,
do desgosto,
da indiferença.
Asas machucadas,
feridas,
sem poder voar...
Embargar nossas lágrimas,
engolir os próprios soluços,
calar a própria voz,
pra esconder a nossa fragilidade?
Jamais!
Por que não ouvir o nosso coração?
Por que não buscar no nosso silêncio interior,
a nossa verdade?
Garimpar do nosso esconderijo espiritual
a nossa luz,
e sorrir?
Sorrir das nossas fraquezas, das nossas quedas,
sorrir de nós mesmos,
suavizando, assim,
o peso do nosso fardo e,
quem sabe,
encontrando a nossa maneira correta
de amar
e de viver plenamente
a nossa felicidade!
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