Quais são as doenças do pénis mais frequentes?
Fimose - verifica-se quando o prepúcio (uma dobra de pele e membrana mucosa retrátil que cobre a extremidade do pénis) não pode ser completamente retraído para expor totalmente a glande (”cabeça” do pénis). O prepúcio normalmente recobre a glande quando o pénis está flácido e retrai-se quando está ereto, deixando a glande visivel. A dificuldade em expor a glande ocorre quando o prepúcio possui uma abertura muito pequena para a passagem da glande. No bebé, existe naturalmente uma aderência do prepúcio à glande (fimose fisiológica), a qual desaparece na grande maioria dos meninos até os três anos de idade. Chama-se parafimose à situação em que a glande é exposta apesar da dificuldade, mas não consegue novamente ser recolhida, causando um estrangulamento desta, impedindo o fluxo venoso e linfático ou a higiene adequada. Devemos lembrar que a circuncisão (remoção cirúrgica da prega de pele que envolve a glande), prática usada para corrigir a fimose, tem implicações culturais e religiosas importantes e existe há mais de cinco mil anos, tendo um aspecto ritual entre egípcios, gregos e hebreus.
Balanopostite: na balanopostite um fungo ou uma bactéria que estejam vivendo debaixo do prepúcio causa uma inflamação na cabeça do pénis e no prepúcio. Esta inflamação geralmente ocorre num pénis não circuncidado e provoca dor, vermelhidão e edema e pode levar a uma constrição da uretra e dificuldade para urinar. A balanopostite, quando duradoura, predispõe a outras doenças, inclusive ao cancro.
Disfunção erétil: a disfunção erétil, popularmente chamada impotência sexual, é uma disfunção em que o homem não consegue ter ou manter uma ereção que lhe permita manter uma relação sexual normal. A disfunção erétil pode ter várias causas, orgânicas ou psicológicas e é acentuada pelo fumo, álcool, colesterol elevado, certos medicamentos, hipertensão arterial e diabetes mellitus. O tratamento da disfunção erétil depende da sua causa, mas vai desde a psicoterapia até a prótese peniana, passando pelas medicações.
Tumores no pénis: o cancro do pénis não é comum, mas existe. Embora raro, ele é mais comum nos homens não circuncidados. A parte do pénis mais frequentemente afetada é a base da sua cabeça. O sinal inicial costuma ser uma ferida avermelhada e indolor. Habitualmente, é um carcinoma de células escamosas. Quando detectado no início, pode ser extirpado preservando-se ao máximo o tecido peniano.
Doença de Peyronie: é um distúrbio caracterizado pelo surgimento de placas fibrosas no tecido conjuntivo do pénis, causando nele, quando em ereção, uma curvatura anormal. Ocorre uma perda da capacidade de se distender um lado do pénis, encurtando-o naquele lado e provocando o desvio. A princípio a doença pode causar dor, a qual se alivia à medida que a condição se torna crónica. Nos estágios mais avançados da doença pode haver disfunção erétil. Diversos homens com esse problema exibem também doenças do tecido conjuntivo em outras partes do corpo, mormente nas mãos e pés. O único tratamento existente é a cirurgia.
Infeções sexualmente transmissíveis: embora muitas das principais repercussões das infeções sexualmente transmissíveis sejam sistémicas, algumas delas deixam lesões localizadas no pénis. A infecção pela clamídia, conhecida como Chlamydia trachomatis, causa uretrite (inflamação da uretra), sensação de ardor ao urinar, coceira no pénis e dor nos testículos. A gonorreia, causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, caracteriza-se por um corrimento uretral amarelado e ardor ao urinar. O herpes genital acomete a pele e as mucosas do pénis. No começo, a pele mostrará um aumento de sensibilidade, formigamento, queimação e dor. A seguir, a área torna-se avermelhada e aparecem vesículas que contêm um líquido branco-amarelado. A ruptura dessas vesículas gera úlceras, sobre as quais posteriormente se formam crostas. O herpes propaga-se por meio de contato físico e sexual. As verrugas genitais (ou condilomas acuminados) são causadas pelo vírus do papiloma humano (HPV). Elas são muito contagiosas e a melhor maneira de se proteger contra elas é usar preservativo durante as relações sexuais. Podem ser tratadas com podofilina, aplicada localmente, com crioterapia (eliminação das verrugas por congelamento) ou excisão cirúrgica. A sífilis, no passado, chegou a ser um flagelo quase comparável ao que hoje é o HIV/SIDA. Ela é causada pela bactéria Treponema pallidum que, além de lesões locais no pénis, pode afetar órgãos vitais como o coração, vasos sanguíneos, cérebro ou medula espinhal, em alguns casos dando manifestações graves, anos depois da infecção inicial. As manifestações penianas da sífilis são aparentemente simples e constam de feridas vermelhas que se curam sem tratamento, dentro de uma semana. No entanto, a doença continua seu curso, às vezes grave.
Anomalias congénitas, genéticas ou hereditárias: em alguns casos pode ocorrer uma ambiguidade genital externa e os órgãos sexuais podem ter características anatómicas dos dois sexos, de tal forma que não permitem definir com segurança sua natureza masculina ou feminina. A Síndrome de Klinefelter é um transtorno cromossómico que afeta apenas os meninos e que ocasiona várias repercussões sistémicas importantes, mas no que se refere ao pénis torna-o marcadamente pequeno (micropénis). A hipospádia é uma malformação congénita caracterizada pela abertura anormal do orifício por onde sai a urina, na parte de baixo do pénis. Chama-se epispádia quando essa abertura se dá no dorso do pénis. Durante o desenvolvimento embriológico ocorre uma fusão incompleta das pregas uretrais, dando origem a uma abertura anormal da uretra. Outra anomalia é a estenose congénita do meato uretral, que também pode ocorrer, às vezes gerando retenção e patologias urinárias consequentes. Existe também uma curiosa síndrome de duplicação do pénis, em que o indivíduo pode nascer com dois pénis.
Fonte: abc.med.br
FONTE: TERAPIAS SEXUAIS