MANTEGA QUER EXPLICAÇÃO
Demissões na GM geram reação
04.01.2014
Brasília O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que quer explicações da indústria automotiva sobre demissão de trabalhadores. Na tarde desta sexta-feira, aliás, ele se reuniu com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, e conversou sobre o anúncio de demissões na General Motors (GM).
"De fato as empresas não podem estar demitindo trabalhadores", disse o ministro. Quando o governo anunciou a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de veículos, havia acordo de que não houvesse demissões.
No último dia 24, o governo publicou decreto aumentando o IPI dos automóveis, mas as alíquotas ainda não voltaram ao patamar original. O ajuste será gradual neste ano. "É verdade que já estamos subindo, mas ainda tem uma folga de IPI", disse.
Resposta
Também diretor de Assuntos Institucionais da GM, Luiz Moan disse ontem, de forma oficial, que a empresa desligou 1.053 trabalhadores da área de montagem e de manuseio da sua unidade fabril de São José dos Campos (SP). Ainda de acordo com o executivo, que falou rapidamente com os jornalistas após ter se reunido com Mantega, ele já teria conversado com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, e afirmado a ele que "não há a menor possibilidade de reversão" das demissões.
Segundo Moan, Mantega convocou a reunião para manifestar a preocupação do governo com as demissões em São José dos Campos. Perguntado pelo Broadcast se a GM não teria assinado uma cláusula de manutenção do emprego no âmbito do acordo que reduziu IPI dos automóveis, Moan disse que sim e que não só o cumpriu como aumentou em 10 mil o total de trabalhadores da empresa. "A redução do IPI ocorreu em maio de 2012 e desde lá aumentamos o número de trabalhadores de 145 mil para 155 mil. Não só cumprimos o acordo como elevamos o total de trabalhadores", afirmou o diretor da GM.
FONTE:
DIÁRIO DO NORDESTE
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