É sertão, mas não fala sobre seca e cangaço. O longa surrealista “A Lenda do Gato Preto”, de Clébio Viriato, se passa em Quixadá na década de 70 e traz para o público temas como a realidade cigana no Ceará, lendas urbanas e uma pitada de espiritismo.
Clébio, que nasceu no local das gravações, rememora as lendas que havia na cidade. “A história do filme é baseada numa lenda urbana de Quixadá. Os ciganos que aparecem no filme foram ciganos que eu vi na minha infância, a garota que sobe na pedra. Esse filme, de certa forma, são as minhas reminiscências“.
Em relação a trazer como tema a vida cigana, Viriato quis desmistificar o que a população sabe sobre a tribo, principalmente dentro do cinema nacional. “Eles também são responsáveis por nossa identidade cultural. Nós vemos raríssimos filmes na cinematografia brasileira que aborda o aspecto dos ciganos. E se você traz esse tema para o Ceará é mais raro ainda. Os meus ciganos não são ladrões, não têm dente de ouro, não roubam crianças. É uma família unida, são amorosos, bons comerciantes”, ressalta o diretor.
A 25ª edição do festival Cine Ceará acontecerá entre os dias 18 e 24 de junho no Cine São Luiz, reformado em 2014, e tem na programação filmes inéditos no país e premiados em competições internacionais.
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