O camisa 11 tem números expressivos, títulos importantes e contrato até 2021. Mais importante: superou a expectativa e já é um sucesso

25 anos de vida, quatro de Barcelona: Neymar pode ser o maior craque brasileiro do clube.

POR GOAL - Desde quando era criança, Neymar já tinha convivia com uma das marcações mais difíceis de se driblar: a expectativa. Ele era um jovem bem magrelinho quando dava entrevistas sob o título de ‘futuro craque do Brasil’. Quando jogou a Copa São Paulo, em 2009, todos já sabiam que ele era considerado a ‘joia do Santos’. As comparações com Robinho eram normais, e por isso o Rei das Pedaladas foi o primeiro grande ídolo daquele menino.

Naquela mesma temporada de 2009, ele estreou pela equipe principal. E depois fez golaços, impressionou, conquistou três vezes o Campeonato Paulista e ainda levantou uma Copa do Brasil antes de se garantir, definitivamente, como um dos grandes imortais da Vila Belmiro ao ser o protagonista do título da Libertadores em 2011. Era questão de tempo a ida para o futebol europeu, e todo mundo queria o ‘craque do moicano’: Chelsea, Real Madrid... e Barcelona.

A escolha foi pelo clube catalão. Uma opção tão certeira quanto foi confusa a papelada da transferência, que rende muita polêmica até hoje. Protagonista maior do futebol brasileiro, Neymar não chegaria para ser a grande estrela do Barça em 2013. Toda a estrutura da equipe já era construída em volta de Lionel Messi, simplesmente o maior craque da história do clube catalão.

Neymar seria o grande escudeiro do camisa 10, e maior aposta do Barça para, no futuro, assumir o trono de craque do time quando Messi deixar o Camp Nou. Mas isso não lhe tirou a personalidade dentro de campo: o brasileiro conseguiu diminuir o vício de se jogar no chão desnecessariamente e começou a ousar ainda mais nos dribles e jogadas de efeito. E aí, as faltas de verdade começaram a acontecer. E se a primeira temporada na Europa, que serve muito mais para ajudar na adaptação, terminou sem grandes títulos, o ano seguinte o colocou definitivamente na história barcelonista.

Neymar chegou para ser 'escudeiro' de Messi, mas isso não o impediu de se soltar em campo (Foto: Getty Images)

Luis Suárez foi contratado em 2014, e começou a ser escrita a história de uma das maiores trincas de ataque do futebol em todos os tempos. Se Messi seguia protagonista, o brasileiro e o uruguaio já não eram ‘somente’ escudeiros. Afinal de contas, o Trio MSN também foi tratado como algo tão único quanto espetacular: conquistou em sua primeira temporada Campeonato Espanhol, Copa do Rei e Champions League.

Aquele certame europeu, aliás, foi um capítulo à parte.

Neymar desequilibrou ao balançar as redes dez vezes – sendo que sete dessas em todos os jogos a partir das quartas de final – e dividiu a artilharia com Messi e Cristiano Ronaldo. A melhor temporada de sua vida como jogador do Barça terminou com ele dando números finais aos 3 a 1 na decisão sobre a Juventus, e meses depois o craque já estava entre os três melhores do mundo.

Neymar comemora o título da Champions League em 2014, o seu melhor momento pelo Barça (Foto: Getty Images)

Grande driblador e garçom deste atual Barcelona (pelo qual também já conquistou outro título espanhol, de Copa do Rei e um Mundial de Clubes) Neymar já está na lista dos maiores craques do cube catalão e dos que mais gols fizeram. Em quatro temporadas pelo Barcelona, o atual camisa 11 também conseguiu o seu lugar entre os 20 maiores artilheiros de toda a história blaugrana. Até o momento, foram 94 tentos em jogos oficiais. É o mesmo número de gols que Ronaldinho Gaúcho fez pelo mesmo clube e apenas 36 a menos do que Rivaldo – maior artilheiro brasuca do Barça, com 130 tentos.

Por Tauan Ambrosio