(foto: Samuel Gê/Encontro) |
Inspiração para a música e poesia, tema sem fim da filosofia e assunto para intermináveis debates entre amigos, a tão sonhada felicidade está tão na moda que quem não se mostra feliz passa a ser indesejado. Assim, alguns países querem conhecer sua Felicidade Interna Bruta, descobrir o PIB da felicidade, como se estivessem atrás de uma fonte de riqueza. Outros financiam institutos da felicidade encarregados de desvendar o sentimento. Para explicar melhor o que pode nos deixar menos ou mais felizes, Encontro conversou com o doutor em sociologia Rui Brites, professor da Universidade de Lisboa. Ele investiga a felicidade dos portugueses desde 2002 e é uma referência em seu país. Brites esteve em Belo Horizonte, onde falou sobre o tema no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), escola que, por sinal, será a primeira a medir o nível de felicidade de seus alunos, seguindo a metodologia portuguesa. Você sabia que esse sentimento que perseguimos pode ser medido em uma escala de zero a dez? Alguns fatores como o trabalho, idade e o interesse pela política influenciam a forma como nos sentimos. Não tenha dúvidas, o dinheiro também. "Não basta querer ser feliz, é preciso poder", diz Brites. Sobre os brasileiros, o pesquisador português afirma que somos um povo alegre, mas possivelmente a quantidade de felicidade que sentimos pode ter sido abalada pela política recente, que trouxe desilusão a muitos. Mas a felicidade também pode ser encontrada em horas despretensiosas, como voltar para casa depois de um longo dia, ou acordar em uma manhã de céu azul. "São as tais pequenas coisas", lembra Brites, que garante se sentir bem feliz quando divide o café da manhã com a mulher, Judite, com quem é casado há 42 anos.
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