No golpe, o homem se passou pela vítima no WhatsApp e pediu dinheiro aos contatos da jovem
A bancária Raissa Barreto de Araujo, de 28 anos, teve o número de Whatsapp hackeado por um bandido. Ela recebeu um telefonema na manhã desta sexta-feira (15/2), de um homem que se passou por funcionário da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O homem pediu que ela olhasse uma mensagem que chegaria no número de celular. O que ela não esperava, é que se tratasse de um golpe. O prejuízo chegou a R$ 3,5 mil. A agência afirma que não faz esse tipo de contato com o consumidor e pede que as vítimas façam boletim de ocorrência.
Segundo a moradora do Guará 2, a ação foi rápida. "Eu disse que não podia falar no telefone naquele momento, pois estava ocupada. Contudo, o homem disse que seria breve. Que chegaria um código por mensagem no meu celular, e eu só precisava ler para ele. O homem alegou que isso seria para avaliar minha linha. Sem imaginar que fosse um golpe, abri a mensagem", explica Raissa.
Uma das conversas iniciadas pelo bandido, se passando pela vítima e pedindo empréstimos aos amigos (foto: Arquivo Pessoal) |
Segundo a moradora do Guará 2, a ação foi rápida. "Eu disse que não podia falar no telefone naquele momento, pois estava ocupada. Contudo, o homem disse que seria breve. Que chegaria um código por mensagem no meu celular, e eu só precisava ler para ele. O homem alegou que isso seria para avaliar minha linha. Sem imaginar que fosse um golpe, abri a mensagem", explica Raissa.
Depois de passar o código, o golpista conseguiu acessar o número de celular da vítima. O suspeito mudou o código de segurança da linha, a fim de impedir que Raíssa acessasse a conta de WhatsApp. "Ele começou a falar com os meus contatos, se passando por mim. Pediu empréstimos, falando como se eu estivesse em apuros. Estou arrasada com toda a situação", lamenta a bancária.
No primeiro golpe, o criminoso faturou R$ 1,5 mil de uma amiga da vítima. Apesar de a conta bancária não estar em nome de Raíssa, a colega não desconfiou que poderia ser um golpe. "Ela pensou que o dinheiro era para pagar alguma dívida minha, ou compras no shopping", disse.
Uma segunda pessoa, também do círculo de Raissa, transferiu R$ 2 mil. "Ele usou contas diferentes para cada depósito. Embora não constasse meu nome, ninguém achou que poderia ter algo errado. A ficha de todo mundo caiu quando comecei a publicar a situação nas minhas redes sociais, como Instagram e Facebook", relata Raissa.
Uma amiga da bancária continuou em contato com o golpista, pedindo o código de verificação do WhastApp. "Só devolve o número dela, por favor", pediu a colega. O homem deu o número: "Não se preocupe. Pode mandar ela botar esse (código) ai."
Ao conseguir acesso, Raissa mudou todos o código de verificação e incluiu o e-mail para conseguir entrar na conta. "Mas ele conseguiu todos os meus contatos e, usando outro número e minha foto, continuou se passando por mim. Contudo, ninguém mais caiu", finaliza.
Raissa registrou um boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), pelo crime de estelionato. Em Sobradinho, um homem de 31 anos também procurou a polícia, vítima do mesmo golpe. Sem acesso ao WhatsApp, a vítima recebeu ligações dos amigos falando sobre a situação. O registro da ocorrência foi realizado na 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho 1).
Em nota, a Anatel diz que não faz ligações aos consumidores em hipótese alguma. Segundo a agência, a orientação é que as vítimas registrem B.O, na intenção de dar início à investigação. "Ademais, a agência orienta a todos os consumidores e usuários de serviços de telecomunicações a não fornecer informações pessoais por telefone ou meios digitais a pessoas desconhecidas", finaliza o texto.
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