Transporte de material biológico, como órgãos e tecidos para transplantes, movimentou 243 aeronaves no Ceará nos últimos três anos. Estado enviou mais que recebeu.
Acordar e ter sido transplantada sem nem saber que precisava do procedimento cirúrgico. Essa foi a realidade da doméstica Elizandra Barbosa, de 40 anos, residente no município de Ibiapina, na Serra da Ibiapaba. Os quatro dias de coma induzido da cearense foram suficientes para transferi-la para Fortaleza e encontrar o órgão de um doador, que veio de outro estado.
Em março de 2019, Elizandra começou a sentir fortes dores na barriga. Apenas em junho, porém, ela procurou ajuda médica em Sobral, na Região Norte do Ceará. “Eu sentia muitas dores, mas não sabia o que era, não fazia ideia de que era algo relacionado ao fígado”, afirma a doméstica.
No dia 18 de junho, a situação ficou mais crítica. Elizandra entrou em coma induzido por conta de uma hepatite aguda, e precisava do transplante. Foi quando a doméstica teve como destino o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), na capital cearense. No dia 22 do mesmo mês, a cirurgia para o transplante foi feita, e ela só soube quando acordou. “Ele (o enfermeiro) chegou para mim e explicou tudo. Falou que eu tinha sido transplantada, que o órgão tinha vindo de Petrolina, no Pernambuco, e que estava em perfeito estado”, afirma.
O novo fígado de Elizandra percorreu um caminho pelos céus que não é novidade no Ceará. De janeiro a agosto de 2019, segundo o Ministério da Saúde, 18 voos tiveram o estado como destino de órgãos, tecidos, materiais e equipes médicas para a realização de transplantes, enquanto 41 saíram do Ceará para outros estados com o mesmo intuito. Entre os anos de 2017 e 2019, 166 voos partiram do Ceará, com 77 pousando no estado, de acordo com a pasta.
A coordenadora da Central de Transplantes do Ceará, Eliana Régia, explica o funcionamento destes transportes, onde há uma lista de ordem para os estados que receberão os itens para transplantes. “Quando há um órgão disponível, a prioridade é do estado de origem. Se, por algum motivo, não houver um receptor compatível com o órgão doado, deve-se comunicar à Central Nacional de Transplantes (CNT), que vai repassar a outros estados”, afirma.
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A cearense Elizandra Barbosa, de 40 anos, recebeu um fígado novo, vindo de um doador do estado de Pernambuco — Foto: Camila Lima/SVM |
Em março de 2019, Elizandra começou a sentir fortes dores na barriga. Apenas em junho, porém, ela procurou ajuda médica em Sobral, na Região Norte do Ceará. “Eu sentia muitas dores, mas não sabia o que era, não fazia ideia de que era algo relacionado ao fígado”, afirma a doméstica.
No dia 18 de junho, a situação ficou mais crítica. Elizandra entrou em coma induzido por conta de uma hepatite aguda, e precisava do transplante. Foi quando a doméstica teve como destino o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), na capital cearense. No dia 22 do mesmo mês, a cirurgia para o transplante foi feita, e ela só soube quando acordou. “Ele (o enfermeiro) chegou para mim e explicou tudo. Falou que eu tinha sido transplantada, que o órgão tinha vindo de Petrolina, no Pernambuco, e que estava em perfeito estado”, afirma.
O novo fígado de Elizandra percorreu um caminho pelos céus que não é novidade no Ceará. De janeiro a agosto de 2019, segundo o Ministério da Saúde, 18 voos tiveram o estado como destino de órgãos, tecidos, materiais e equipes médicas para a realização de transplantes, enquanto 41 saíram do Ceará para outros estados com o mesmo intuito. Entre os anos de 2017 e 2019, 166 voos partiram do Ceará, com 77 pousando no estado, de acordo com a pasta.
A coordenadora da Central de Transplantes do Ceará, Eliana Régia, explica o funcionamento destes transportes, onde há uma lista de ordem para os estados que receberão os itens para transplantes. “Quando há um órgão disponível, a prioridade é do estado de origem. Se, por algum motivo, não houver um receptor compatível com o órgão doado, deve-se comunicar à Central Nacional de Transplantes (CNT), que vai repassar a outros estados”, afirma.
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