Por parte do mercado nacional, especialistas explicam que houve um aumento na demanda, enquanto a oferta já estava “dada”, ou seja, a quantidade de arroz oferecida no mercado era praticamente fixa, pois o plantio já havia sido feito, mas o interesse da população pelo item cresceu nos últimos meses.
“Ao longo dos últimos anos, tínhamos uma queda no consumo de arroz. Quanto maior a renda da população, menor o consumo de arroz, porque você vai migrando o consumo, consumindo mais proteína, por exemplo. Logo, se você consome menos um produto, excedente aumenta e o preço cai. Então, os produtores de arroz foram buscar outras fontes de renda”, explicou Lucilio Alves, pesquisador responsável pela área de arroz do Cepea/ USP.
“Só que em 2020, começa a haver a restrição de locomoção, e as pessoas vão buscar alimentos de fácil preparo em casa e a preços competitivos. Tivemos um choque de demanda, e os estoques caíram. O estoque de passagem estava previsto para ser baixo até fevereiro de 2021. Além disso, tivemos neste ano o auxílio emergencial dado às pessoas.”
Já por parte do mercado internacional, o interesse pelos produtos brasileiros se dá pela competitividade dos preços em função da desvalorização de quase 40% do real nos últimos 12 meses, em comparação com o dólar. “Com a aversão ao risco causada pela pandemia, o dólar subiu, enquanto o real caiu. Logo, qualquer produto produzido em real ficou mais barato para se comprar no exterior”, disse Felipe Serigatti, coordenador do mestrado profissional em Agronegócios da FGV, explicando como a elevação da taxa de câmbio favorece a exportação.
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