PARADOXO
A rotina desfila encabulada
nas ruas do tempo.
O caminhar indiferente das horas,
batalhadas ou vadias,
arrojadas ou serenas,
agradáveis ou sofridas,
com um destino qualquer.
É a corrida maluca
do lógico e do incoerente.
Viver,
amar,
sorrir,
chorar,
ser feliz,
sofrer,
morrer?
A mistura do grito e do soluço
com a gargalhada...
Paradoxo?
Loucura de poeta?
Se é,
sou mesmo maluca!
E a miséria,
lado a lado com o luxo e a ostentação,
num verdadeiro massacre psicológico!
O desperdício de uns
e a barriga vazia de outros.
Colchão macio e lençol cheiroso para uns,
banco da praça,
com travesseiro de papelão para outros.
Gente que também
sente dor e frio,
com coração que ama,
sofre e tem desejos.
Promessas e mais promessas
lançadas ao vento,
mas as vítimas das ruas continuam debaixo desse céu,
à mercê da incerteza,
do sol e da chuva.
Mas o pobre,
mesmo com a alma calejada de sofrimento,
está sempre à espera do seu dia de luz,
de alegria e felicidade!
@Aldaléia Aquino
CONHEÇA AS POESIAS DE ALDALÉIA AQUINO AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário