CESTA MAIS BARATA
Oito alimentos básicos têm queda nos preços
05.09.2013
Os preços dos itens que compõem a cesta básica caíram no mês de agosto em 13 das 18 capitais pesquisadas pelo Dieese
A redução no preço de oito, dos 11 itens alimentícios pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em Fortaleza para o mês de agosto, deixou a cesta básica da Capital cearense como a quarta menor das 18 capitais brasileiras investigadas mensalmente. O valor a ser desembolsado para a compra de comida encerrou o mês passado em R$ 264,38 e representou uma redução de 3,96% ante o mês de julho.
Esta, inclusive, foi a segunda maior queda de preços do País, atrás apenas de Goiânia, que chegou a -4,04%.
No semestre, a cesta básica de Fortaleza aumenta a redução nos preços para 4,55%. Já quando a base de comparação é o primeiro semestre deste ano versus o de 2012 há um acréscimo de 7,58%.
Ao todo, 13 capitais tiveram os itens básicos alimentícios em queda no mês passado. Somente Porto Alegre (1,83%), Brasília (072%), Curitiba (0,59%), Campo Grande (0,35%) e Florianópolis (0,11%) registraram aumento no período.
Ex-vilões
A deflação no preço da cesta em Fortaleza teve influência principalmente na baixa de dois itens. Antigo vilão, o tomate teve a maior retração do País, ao cair 21,62% entre julho e agosto.
O feijão também puxou a queda, com uma redução de 11,13% no preço.
Além destes dois produtos, também foram registradas retrações nos preços da farinha (7,85%), óleo (3,72%) manteiga (1,54%), banana (1,46%), arroz (1,16%) e café (1%).
Já carne (0,49%), leite (1,79%), pão (2,13%) e açúcar (0,55%) tiveram os preços aumentados no período.
Comportamento dos preços
Segundo o relatório elaborado pelo Dieese, Fortaleza acompanhou o movimento nacional ao atestar baixas nos preços do tomate e do feijão.
Sobre o primeiro produto, o texto faz o diagnóstico: "este comportamento está associado ao aumento da oferta do item no mercado nacional, e também a possíveis transmissões das baixas de preços ao produtor para o consumidor final".
Majoração
Enquanto boa parte da lista de compras apontou redução, a carne, "produto de maior peso na cesta", não teve alívio em Fortaleza nem em outras 10 cidades pesquisadas.
Mínimo ideal teria de ser R$ 2.685,47
São Paulo O salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ter sido de R$ 2.685,47 em agosto para que ele suprisse suas necessidades básicas e da família, segundo estudo divulgado ontem, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A constatação também foi feita por meio dos números da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 18 capitais do País. Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 319,66 em São Paulo, e levando-se em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 3,96 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 678. O valor é menor do que o apurado para julho, quando o mínimo necessário foi estimado em R$ R$ 2.750,83 (4,06 vezes o piso vigente). Em agosto de 2012, o Dieese calculava o valor necessário em R$ 2.589,78, ou 4,16 vezes o mínimo de então, de R$ 622.
Tempo de trabalho
A instituição também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em agosto de 2013, o conjunto de bens essenciais caiu na comparação com julho.
Na média das 18 cidades pesquisadas pelo Dieese, o trabalhador que ganha salário mínimo teve de cumprir uma jornada de 91 horas e 21 minutos, tempo inferior às 92 horas e 31 minutos exigidas em julho. Em Fortaleza é preciso trabalhar 85 horas e 47 minutos para adquirir os produtos que compõem a cesta.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1314355
Nenhum comentário:
Postar um comentário