VÍRUS DIGITAIS
Ameaças focam agora o seu celular
17.02.2014
Smartphones e tablets são agora alvo preferido dos vírus que circulam pela internet. Veja as dicas de proteção
A popularização dos smartphones e tablets tirou os computadores pessoais (PCs) da berlinda não só para os consumidores, cada vez mais adeptos da mobilidade, mas também para os criminosos do mundo digital, que desenvolvem suas pragas para os sistemas mais usados, como forma de atingir o maior número de vítimas possível. Assim, no ano passado os ataques com programas maliciosos (malwares) voltados para dispositivos móveis tiveram um crescimento de 20% em relação ao ano anterior, totalizando 11,6 milhões de aparelhos infectados em todo o mundo, segundo levantamento da Alcatel-Lucent. Ainda de acordo com o estudo, o número de malwares desenvolvidos pelos cibercriminosos e descobertas pelos laboratórios de antivírus cresceu 20 vezes no ano passado. A empresa de segurança McAfee também estima que, somente nos primeiros nove meses de 2013, surgiram 50 milhões de novas ameaças, formando um total de 172 milhões até setembro.
Os números provam que não é seguro utilizar um smartphone ou tablet sem que se tenha um bom antivírus instalado. Esses dispositivos são agora o novo foco das ameaças digitais. Se para os fora da lei do mundo digital os aparelhinhos portáteis se tornaram mais interessantes, para os usuários os riscos são ainda maiores do que em tempos passados. Hoje, os dispositivos concentram mais e mais informações pessoais e financeiras, além de fotografias, vídeos e outros materiais de cunho privado. Ter esse conteúdo em mãos erradas pode ser desastroso.
Olhando para a história recente da computação, os vírus que hoje focam os aparelhos móveis podem ser considerados mais perigosos do que os que reinavam no auge do uso dos PCs. Essa é a opinião do consultor de tecnologia Marcos Monteiro, diretor do Grupo de Gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação no Ceará (GGTIC-CE). Monteiro explica que a segurança da informação está baseada em três pilares: confidencialidade, disponibilidade e integridade. Os primeiros vírus desenvolvidos para computadores pessoais focavam a disponibilidade, afetando o funcionamento dos equipamentos. Hoje, os malwares têm como alvo afetar a confidencialidade dos dispositivos móveis, para obter dados pessoais e financeiros dos usuários.
Disseminação
Enquanto na era áurea dos PCs os vírus se disseminavam por disquetes, pendrives e e-mails falsos, no reinado dos dispositivos móveis eles chegam por mensagens SMS, links em mensagens instantâneas e redes sociais e ainda por aplicativos falsos baixados pelos próprios usuários, fora das lojas oficiais de seus sistemas móveis. Como destaca o consultor Marcos Monteiro, muitos dos riscos vêm do próprio comportamento do usuário, que clica em links e baixa aplicativos sem atentar para a procedência deles. Também concorda com ele o consultor Arthur Matos. "Depende muito mais de uma rotina disciplinada de uso com responsabilidade do que de um programa de proteção", diz Matos. O especialista recomenda: "cuidado com redes Wi-Fi públicas e sempre preferir redes conhecidas e com senhas de proteção. "Em minha opinião, é melhor o próprio 3G ou 4G do dispositivo", aconselha Arthur Matos.
Conforme o levantamento da Alcatel-Lucent, por ser um sistema operacional bastante popular, o Android foi alvo de 60% das infecções registradas em dispositivos móveis em 2013. Marcos Monteiro também cita dados divulgados no evento CIO Meeting de 2013 que atestam que em três anos de Android já foram detectados mais programas maliciosos do que em 11 anos de Windows. "Existe muito mais vírus para Android porque é o sistema mais disponível e está mais presente no mercado", diz.
Voltando a citar os pilares da segurança da informação, Monteiro diz que a confiabilidade é inversamente proporcional à disponibilidade. Assim, como o sistema Android é mais aberto à publicação de aplicativos (mais disponível), ele também se torna menos confiável (no sentido de que desperta mais a ação dos cibercriminosos). "Sistema com maior número de usuários são sempre um alvo natural. Entretanto, a natureza de código aberto do sistema Android é sem dúvidas um fato gravíssimo no sentido da segurança dos dispositivos", completa Arthur Matos.
Riscos oficiais
Se baixar somente aplicativos das lojas de apps oficiais - a App Store para iPhones e iPads, a Google Play para aparelhos Android, e a Loja para aparelhos com Windows Phone -, o usuário já reduz muito os riscos de ter o dispositivo infectado. Como mesmo assim a segurança não é 100%, cabe usar ainda um bom antivírus para redobrar os cuidados. Para ajudá-lo nessa proteção, o usuário pode recorrer a soluções gratuitas de marcas já conhecidas - como as que geralmente se usam nos PCs. Entre eles, valem recomendação o Avast Mobile Security e o Kaspersky Mobile Security, com versões tanto para Android como para iOS.
O usuário deve desconfiar de soluções gratuitas totalmente desconhecidas, pois já houve casos de vírus disfarçados de aplicativos de segurança - um tiro que sai pela culatra. Portanto, pesquisar boas indicações e avaliações de outros usuários é sempre importante. Para facilitar esse trabalho, o Diário do Nordeste traz a lista dos aplicativos de segurança melhor avaliados pelo site TopTenReviews.Com, que fez um ranking criterioso das soluções pagas. Nessa lista, os melhores são o BullGuard Mobile Security, Lookout Premium, McAfee, Kaspersky e ESET (veja a lista completa acima).
1. BULLGUARD MOBILE SECURITY
Pontuação geral: 10,00
1. BULLGUARD MOBILE SECURITY
Pontuação geral: 10,00
2. LOOKOUT PREMIUM
Pontuação geral: 8,82
3. MCAFEE MOBILE SECURITY
Pontuação geral: 8,53
4. KASPERSKY MOBILE SECURITY
Pontuaçãogeral: 8,40
5. ESET MOBILE SECURITY
Pontuação geral: 8,15
6. TREND MICRO MOBILE SECURITY
Pontuação geral: 7,95
7. F-SECURE MOBILE SECURITY
Pontuaçãogeral: 7,08
8. WEBROOT SECURE ANYWHERE
Pontuação geral: 6,63
9. NETQIN MOBILE SECURITY
Pontuação geral: 6,20
* Fonte: Top Ten Reviews.com - 2014 Best Mobile Virus Protection Comparisons and Reviews
FONTE:
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