E a quarta feira de cinzas chegou.A festa acabou.As ruas ficaram cobertas de confetes e serpentinas.
De volta a rotina,levantar cedo,se arrumar,café e ónibus para o trabalho,alias que ónibus,cheio, com
muita gente dormindo em pé.Marmita debaixo do braço,um gosto de sapato na boca,uma vontade maior
de ficar na cama por um mês.Lá se vai meu amigo e vizinho Arnaldo.O samba ecoando ainda nos ouvidos
os pés doendo de tanto pular,mas com tres barrigudinhos pra comer em casa,tinha que encarar.
O transito andando mais devagar que uma tartaruga,o Arnaldo doido pra chegar no escritório e sentar
naquela cadeirinha macia,o ar condicionado ,o sorriso da assistente do escritório dando mole,parecia que
estava nas nuvens.O tempo passando e o Arnaldo começou a suspeitar que tinha algo de errado.
Os olhares só viam a cara do Arnaldo,pobre coitado,ali só com os seus pensamentos,curtindo ainda os
momentos na Sapucai,as luzes,o colorido das fantasias,o samba da escola nem se deu conta de que o
seu uniforme de trabalho estava muito esquisito.
Com tamanha felicidade,havia se esquecido de tirar a fantasia,dormiu e saiu com a danada no corpo,
periguete colorida,uma mini saia e salto alto.Xuxu,voce tá linda !!!!; falou um abichalado sentado ao lado,
o que o Arnaldo não gostou nada.A bagunça no ónibus já tinha se espalhado dos fundos até o motorista,
quando um sapeca passou a mão na bunda do Arnaldo.
O bicho pegou e a porrada comeu solta,foi uma tapa atras do outro e a polícia parou o ónibus e foi
todo mundo pra delegacia se explicar.Colocaram o Arnaldo passeando de um lado pro outro na delegacia
e os outros presos babando pedindo ao delegado pra passear com a * piriguete*,que horror!!!.Soltaram o
Arnaldo que voltou pra casa,perdeu o dia de trabalho,ouviu piadinha dos moleques e ainda teve que ficar
pianinho com a mulher,doida pra puxar as orelhas do marido travesti.Coitado do Arnaldo.
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