DELAÇÃO PREMIADA
17h49 | 08.03.2015
Para montantes maiores, o dinheiro era levado em aeronaves fretadas
Aberto na noite da última sexta-feira, 6, junto a outros 17, o inquérito que narra a disputa por propinas dentro do PP é o maior dos anunciados pelo ministro Teori Zavascki, relator dos autos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
No total, são 39 investigados, dos quais 32 são parlamentares e ex-parlamentares do PP.
De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo, os trechos das delações premiadas usados para embasar o pedido de abertura do inquérito revelam como funcionava o suposto pagamento de propina aos políticos.
Segundo o doleiro Alberto Youssef, o dinheiro desviado de contratos da Petrobras para o pagamento de mesada a parlamentares era transportado em espécie e colado ao próprio corpo de operadores quando o valor não ultrapassava R$ 500 mil. Para montantes maiores, o dinheiro era levado em aeronaves fretadas.
Os integrantes da cúpula do partido recebiam entre R$ 250 mil e R$ 300 mil por mês. Os outros parlamentares, entre R$ 30 mil e R$ 150 mil. Havia casos de pagamentos quinzenais e até semanais.
Repasses extras ocorriam na escolha do líder da legenda, todos os anos, para que o grupo interno que operava o esquema fosse escolhido para comandar a sigla. Outro relato dos delatores aponta que a defesa jurídica de parlamentares pepistas foi paga com dinheiro desviado da Petrobras.
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