O cearense está vivendo mais. Nos últimos 13 anos, a esperança de vida ao nascer cresceu 3,4 anos, alcançando 69,2 anos, entre os homens e 77,2 anos, entre as mulheres. Além disso, as mulheres são maioria entre os idosos, com parcela de 55%. Esta é uma das constatações do estudo “Dinâmica demográfica e mercado de trabalho na terceira idade: a realidade cearense”, divulgado nesta quarta-feira (15), pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social (STDS) e do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT).
O estudo revelou também que o envelhecimento populacional vem se consolidando no Ceará, ano a ano, e ocorrendo com significativa intensidade desde 2009, visto que o número de idosos aumentou em 271 mil pessoas, entre 2009/2013, um adicional de 67,8 mil por ano. Assim, de cada 100 pessoas residentes no Ceará, 13 possuíam 60 anos ou mais. Esta ampliação tem reflexos diretos em diversas áreas, tais como: educação, saúde, previdência, segurança, mobilidade e, especialmente, no mercado de trabalho.
Para o secretário adjunto da STDS, Herman Normando, “essa pesquisa demonstra a nossa realidade e fomenta o debate para que o Estado e a sociedade pensem medidas para fortalecer ações de saúde, educação e trabalho para as pessoas de mais idade”.
Participação no mercado
Além do crescimento de 6,8% ao ano, a população de 60 anos ou mais respondeu por 13% da população cearense e por cerca de 9% de sua força de trabalho, em 2013. No Ceará, a inserção dos idosos no mundo de trabalho, em termos relativos, é maior que as médias nacional e nordestina, o que destaca a elevada presença do segmento no mercado de trabalho cearense.
Esta maior presença da população de 60 anos ou mais no mercado laboral e o crescimento contínuo da população de 15 a 59 anos de idade proporcionam uma tendência de maior pressão sobre o mercado de trabalho estadual. Para os trabalhadores na terceira idade, foram geradas 22 mil novas ocupações, em 2013.
“São trabalhadores que possuem um perfil diferenciado, pois são profissionais com atitude, ou seja, têm iniciativa na atividade que desempenham, competência que muitas vezes ouvimos que falta aos jovens” destaca o presidente do IDT, Gilvan Mendes. A maioria deles se ocupa trabalhando por conta própria, na produção para o próprio consumo e, em menor medida, no trabalho assalariado, independente de sexo, citando as três alternativas de ocupação mais usuais, com renda na faixa salarial de meio a um salário mínimo.
O analista do mercado de trabalho do IDT, Mardônio Costa, enfatiza ainda que “em face dessa nova realidade demográfica, para melhor se aproveitar essa ‘janela de oportunidade’ propiciada pela demografia, a componente populacional deve ser considerada quando do planejamento/elaboração das políticas públicas”.
OUTROS DADOS
- Idade média do cearense: 2001: 26,9 anos; 2013: 30,3 anos; 2020: 32,7 anos e 2030: 36,3 anos.
- O índice de envelhecimento da população (pop. de 65 anos ou mais/pop. 0 a 14 anos) deverá crescer de 26,7%, em 2013, para 37,2%, em 2020, alcançando 60,2%, em 2030.
- A parcela da população idosa na força de trabalho do estado aumentou de 7,9%, em 2009, para 8,8%, em 2013, com incremento médio de 5,5 mil idosos economicamente ativos ao ano. De uma PEA total de 4,2 milhões, 370 mil são idosos.
FONTE: http://www.cearaagora.com.br/site/2015/04/expectativa-de-vida-do-cearense-cresce-34-anos/
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