POR CEARÁ AGORA
Diante da proximidade da votação final do processo de impeachment, em agosto, o distanciamento entre a presidente afastada, Dilma Rousseff, e o PT cresce. Com o partido sem fé, a resistência à destituição da presidente virou mais um discurso para animar a militância, e tentar conter o desgaste causado pela Operação Lava-Jato, do que uma mobilização para tentar virar votos no Senado que salvem Dilma.
Dilma, por sua vez, tem mostrado mais preocupação em preservar sua biografia do que em voltar ao poder ou trabalhar pela sobrevivência política do PT. Ela jogou para o partido a responsabilidade pelo pagamento do marqueteiro João Santana, que disse ao juiz Sérgio Moro ter recebido recursos relativos à campanha de Dilma em caixa dois, no exterior, na última quarta-feira, em entrevista à Rádio Educadora.
Lideranças do PT tentaram minimizar a declaração de Dilma, dizendo que é natural que ela procure se livrar da culpa por eventuais irregularidades às vésperas da votação do impeachment. O partido disse que todas as operações foram feitas dentro da legalidade e que as contas da campanha de 2010, às quais o marqueteiro se referiu, foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Com O Globo
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