Por Jornal do Brasil - No Dia do Aposentado, disparidade do sistema de previdência pública deixa pouco a comemorar
O Dia do Aposentado, celebrado neste 24 de janeiro, deixa pouco motivo para comemoração. Segundo o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro, ao nascer, passou de 53 anos, em 1970, para 75 em 2015. Porém, o aumento do déficit fiscal e a forte recessão econômica dos últimos anos transformaram o que deveria ser motivo de comemoração – o aumento da longevidade – em sentimento de insegurança financeira quanto ao futuro.
Sob o peso desses fatores, o sistema previdenciário público tornou-se pouco viável, pois implica despesas crescentes sem contrapartida de receitas em igual expansão. O reequilíbrio desta conta envolve medidas pouco palatáveis e sentidas, como a redução do volume de aposentadorias e pensões ou a obrigação de trabalhar – e contribuir – por mais tempo, ou ainda uma combinação de ambas.
Muito além dos debates sobre os direitos de quem vai requerer aposentadoria no curto ou médio prazo, está uma questão preocupante para milhões de pessoas que estarão em idade de se aposentar nas próximas décadas: quem se organizar desde já, poderá aumentar suas chances de ter uma terceira idade mais tranquila.
Segundo professor Lauro Faria, da Escola Nacional de Seguros, o ideal é o contribuir desde jovem tanto para a previdência oficial, na qual há a expectativa de garantir um mínimo de aposentadoria inibidor da pobreza, quanto para a previdência complementar fechada. “O melhor momento para começar é assim que se ingressa no mercado de trabalho. Em uma simulação para quem aplica em VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) R$ 200,00 por mês durante 40 anos, vemos que se pode acumular R$ 657 mil, aos 65 anos. Este valor este pode ser convertido numa renda de aposentadoria de R$ 3.400,00 mensais durante 20 anos. Ou numa renda vitalícia de R$ 2.800”, exemplifica o professor.
Com a influência determinante de fatores como o aumento da expectativa de vida ao nascer (de 53 anos em 1970 para 75 anos em 2015), a grande informalidade das relações de trabalho, o déficit fiscal e a forte recessão econômica dos últimos anos, o reequilíbrio do sistema previdenciário oficial envolverá inevitavelmente obrigação de trabalhar – e contribuir – por mais tempo. Outra situação que preocupa é a redução de benefícios de aposentadorias e pensões. Há ainda o temor da combinação de ambas as coisas. Como está nos dias de hoje, a aposentadoria se tornou pouco viável, pois implica em despesas crescentes sem contrapartida de receitas em igual expansão.
Contudo, para uma velhice tranquila, são necessárias paciência e força de vontade. Essa é a grande dificuldade para a maioria das pessoas: estar preparado para manter as contribuições à previdência tanto estatal quando privada em longo prazo. Esse último é mais importante ainda, pois só no longo prazo evoluem os ganhos decorrentes dos benefícios fiscais. É preciso ter capacidade e disciplina de poupança o que, em muitos casos, implica grande mudança de hábitos para os brasileiros.
“Quem quiser participar da previdência privada deve entender o seu “perfil de risco”, que determina o tipo de aplicação financeira, como títulos de dívida pública e privada, ações, imóveis, etc, a ser feita pelo fundo previdenciário que escolher”, explica Lauro. Esta já é uma realidade da previdência complementar adotada por muitos países da Europa que se reformaram economicamente. O próprio Banco Mundial define a ação como um dos pilares um sistema saudável de aposentadoria e pensões.
Outra opção é a possibilidade de proteger a si e à família de riscos inesperados por meio da compra de seguros como os de vida. Enfim, a precaução continua sendo a melhor opção como investimento para saques no período de inatividade no trabalho ou contra riscos que possam afetar a pessoa e a família no futuro.
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