Luiz Gonzaga é ‘ressuscitado’ para gravação do seu primeiro videoclipe (Foto: Hercules Felix/Divulgação) |
POR CORREIO 24 HORAS -
Numa tarde bem tristonha, em agosto de 1989, o corpo de Luiz Gonzaga era enterrado por uma chorosa multidão, no cemitério de Exu, Pernambuco, sua terra natal. Eis que, 28 anos depois, no início deste mês, o velho Lua reapareceu, na mesma Exu, dessa vez ao lado da casa em que passou a infância, no pé da Serra do Araripe.
Não, não era a assombração do Menino do Braçanã. Luiz Gonzaga podia ser visto redivivo em projeções mapeadas na fachada da igreja ao lado de sua antiga residência, onde morava antes de deixar Exu. Nesse cenário perfeito para revivê-lo, duas produtoras, uma de vídeo e outra de música, gravaram, no dia 8 de junho, o primeiro clipe do Rei do Baião.
Isso mesmo. O primeiro clipe de Gonzagão, que será lançado ainda essa semana, foi produzido com imagens de um vídeo inédito em que Gonzaga toca Asa Branca só em voz e sanfona. Um achado no acervo da TV Cultura de São Paulo. Aos pés do Luiz gigantesco projetado no vídeo mapping da fachada, cerca de 50 “sanfoneiros machos” e algumas sanfoneiras. O videoclipe é uma das principais ações da campanha da cervejaria Schin no São João 2017.
“Na época de Luiz Gonzaga não existia videoclipe. Não tinha essa tecnologia. Quando encontramos essas imagens raríssimas, tivemos a ideia de fazer o clipe com projeções para dar um ar de realidade. Então colocamos 50 sanfoneiros para tocar junto com ele, além de um zabumbeiro e o trianguleiro em cima do arranjo”, explicou a cantora Mariana Aydar, uma das responsáveis pela direção musical do clipe.
As imagens raras da TV Cultura mudaram os rumos da produção, diz o diretor-geral do clipe, Rodrigo Zanchini. “Com o material dele tocando Asa Branca só com a sanfona, pudemos colocar ele tocando com o pessoal ao vivo aqui. É uma orquestra de sanfonas tocando com o maestro no telão, entende?”, explicou.
A comunidade da Fazenda Araripe também participou das gravações. Logo atrás dos sanfoneiros, ajudaram no coro, dançaram e tiraram fotos. Uma das que estavam lá, quando era criança, conheceu Gonzagão de perto. Ele e a mãe dela eram vizinhos. “É como se tivesse vendo ele de novo, né? Só que maior. Ele é grande desse jeito aí mesmo”, disse Jamila Maria de Souza, 49 anos.
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