FOTO: Silvanar Soares |
Já fui vítima dos membros desta casa, que me acusaram de ladrão, bandido, chefe de quadrilha (entre outras palavras graciosas que ele gostam de usar), quando eu era dirigente do maior sindicato de nossa cidade.
Tive a dignidade e a honradez de respeitosamente (ao contrário deles), enviar três ofícios para a casa, solicitando informações sobre o teor das denuncias que a mim direcionavam (sem nunca receber respostas). Já que nãoconstava (e ainda hoje não consta), nenhuma denuncia contra mim, seja na delegacia de policia, seja no fórum ou no ministério público, contra a minha pessoa.
Na quarta vez, me propus a ir na Câmara Municipal de Aracoiaba e acompanhado dos meu companheiros de diretoria e mais ainda de um dirigente da FETRAECE, o companheiro José Pereira (de saudosa memória), pois sabia que o regimento interno dela, garante espaço para os cidadãos ocuparem a sua tribuna (e havia previamente solicitar o referido espaço), para falar e solicitar que formalizassem as denuncias, para que eu pudesse me defender. Tal direito não só me foi negado, como tive que escutar na minha cara e em silencio, sem direito à voz, que a “casa do povo” me agredisse e me ofendesse, a mim e aos companheiros de diretoria. Um dos quais tentou falar e teve que ser contido pela policia que foi chamada para manter a “ordem”. Sai daquele espaço cheio de vergonha (até porque estávamos recebendo na cidade, uma ilustre visita que presenciou como os “homens do povo” se comportam) e fiz questão de não esperar que a policia chegasse.
Naquele dia, jurei para mim mesmo e para os que me acompanhavam, que jamais pisaria naquele pedaço de chão, sem antes receber um pedido de desculpas formal e público, a mim e aos mais de dez mil trabalhadores por mim representados. E agora que esse comportamento tão pequeno continua prevalecendo, estou mais do que convencido de que de fato não devo entrar ali.
Minha atitude é extrema e talvez radical de mais. E por isso, recomendo aos cidadãos de minha terra, que diferente de mim, compareçam às seções legislativas de nossa cidade, para acompanhar e fiscalizar o trabalho e o comportamento de nossos principais empregados, pagos com nosso impostos para trabalharem pelo bem da coletividade, inclusive respeitando-a.
Acredito e espero por mudanças de comportamento e de atitudes. Mas são as pessoas que os colocam lá. Temos que respeitar o voto do povo, embora descordando de suas escolhas, que com certeza não se baseia no convencimento ou no consenso formado por meio desse tipo de discurso, tão pouco por esse tipo de comportamento.
Silvanar Soares Pereira
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