Oito foram retirados do mar da Bahia sem ferimentos; foto gerou polêmica
Por Correio 24 horas
Um naufrágio na manhã desta quinta-feira (2) terminou com oito pessoas resgatadas sem ferimentos e uma imagem curiosa: um rapaz parece fazer uma selfie no meio do mar, enquanto o resgate chegava. A foto foi feita para registrar um momento de alívio, explica o músico Moisés Sande, que estava na lancha, seguindo para Morro de São Paulo, localidade turística do município de Cairu, no Baixo Sul baiano.
"A intenção dele foi fazer uma foto nossa por uma sensação de alívio, por todos estarem salvos, nada pior acontecer. Foi uma sensação de comemorar", explica ele.
Por Correio 24 horas
Um naufrágio na manhã desta quinta-feira (2) terminou com oito pessoas resgatadas sem ferimentos e uma imagem curiosa: um rapaz parece fazer uma selfie no meio do mar, enquanto o resgate chegava. A foto foi feita para registrar um momento de alívio, explica o músico Moisés Sande, que estava na lancha, seguindo para Morro de São Paulo, localidade turística do município de Cairu, no Baixo Sul baiano.
"A intenção dele foi fazer uma foto nossa por uma sensação de alívio, por todos estarem salvos, nada pior acontecer. Foi uma sensação de comemorar", explica ele.
Moisés conta que o grupo saiu de Salvador em uma lancha particular por volta das 7h40. "O tempo todo o mar jogando muito, chovendo, a gente sentiu pancadas normais no casco. Até que veio uma pancada maior e sentimos o barco perdendo força", conta. "Abrimos a tampa da casa de máquina e vimos que estava inundando, depois foi entrando por dentro da cabine", relembra. "Em questão de dez minutos a gente estava afundando".
Nesse momento, todos colocaram coletes e usaram o assento flutuante da lancha para se segurar. Segundo Moisés, não houve pânico em momento nenhum. O grupo de sete amigos incluía duas mulheres. A oitava pessoa era o capitão da lancha. "Eu já fiz caça submarina. Nosso capitão, que é o dono do barco, é experiente. E essa questão do assento que flutua ajudou, serviu como uma ilha para a gente ficar segurando", avalia Moisés.
À deriva
Assim que viram que havia possibilidade de afundar, eles usaram o celular para mandar mensagens e tentar agilizar o chamado de socorro. "A gente viu a distância que a gente estava, estávamos em mar aberto. Eu falei: 'vamos avisar o máximo de pessoas que puder e dar noção da nossa localização porque daqui a pouco a gente vai afundar", explica. O próprio dono da lancha usou um grupo com outras pessoas ligadas à navegação para pedir socorro. "Foram três horas à deriva", conta.
Assim que viram que havia possibilidade de afundar, eles usaram o celular para mandar mensagens e tentar agilizar o chamado de socorro. "A gente viu a distância que a gente estava, estávamos em mar aberto. Eu falei: 'vamos avisar o máximo de pessoas que puder e dar noção da nossa localização porque daqui a pouco a gente vai afundar", explica. O próprio dono da lancha usou um grupo com outras pessoas ligadas à navegação para pedir socorro. "Foram três horas à deriva", conta.
O grupo foi resgatado pela lancha de um amigo. Logo depois, chegaram um barco de resgate de Morro de São Paulo e um helicóptero do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer). O grupo chegou por volta das 13h a Morro, para onde foram curtir o feriadão - Moisés vai fazer show com uma banda, mas resolveu ir antes para aproveitar.
Apesar do mau tempo, helicóptero do Graer também auxiliou em resgate(Foto: Divulgação/SSP) |
Segundo ele, os amigos estão levando na boa as brincandeiras surgidas com a selfie do resgate. "Já ri tanto com o pessoal sobre isso. Qual foi o sentimento do selfie? Quando eu vi que o barco ia afundar, peguei o meu celular, que é à prova d'água, e joguei na mochila. O dele é à prova d'água também e foi o que a gente ficou o tempo todo fazendo contato, pedindo ajuda, sinalização... Quando o resgate chegou, ele falou, 'porra bicho, vamos registrar esse momento aqui porque vai ficar marcado para nossas vidas'. Foi essa foto, a intenção era fazer uma foto por uma sensação de alívio", conta. "Já teve até meme".
O músico diz que todos estão encarando a situação como uma nova chance para repensar "o que vale a pena na vida". "O sentimento que fica é esse. A gente ficou três horas boiando. Eu falei para eles, 'tenho certeza que a gente vai ser salvo'. Vamos aproveitar esse momento para pensar sobre a vida, os valores... Se a gente não chegasse em casa amanhã, se arrependeria de algo? Conversamos, foi muito bacana, saímos com esse sentimento e resolvemos vir continuar nossa viagem".
Resgate
De acordo com informações da Capitania dos Portos, o pedido de socorro foi feito às 9h15. A Marinha informou que, após o chamado, enviou para o local o navio do Serviço de Busca e Salvamento Marítimo do Leste (Salvamar Leste), além de ter acionado o Graer e emitido avisos de rádio para que embarcações próximas ao local prestassem auxílio no socorro.
De acordo com informações da Capitania dos Portos, o pedido de socorro foi feito às 9h15. A Marinha informou que, após o chamado, enviou para o local o navio do Serviço de Busca e Salvamento Marítimo do Leste (Salvamar Leste), além de ter acionado o Graer e emitido avisos de rádio para que embarcações próximas ao local prestassem auxílio no socorro.
No entanto, antes de o navio de socorro da Capitania chegar ao local, as vítimas do acidente já haviam sido resgatadas pela lancha Lulu V, que trafegava nas imediações do local do acidente e também recebeu o pedido de socorro. O resgate ocorreu por volta das 10h e foi acompanhado pelo Graer.
"Num primeiro momento nossa preocupação foi em garantir o socorro das vítimas para, só depois, apurar para descobrir as causas do acidente", explicou o capitão de Fragata, Flávio Almeida. Os ocupantes da lancha foram levados para o atracadouro do Morro de São Paulo,
Memes, como a imagem acima, circularam nas redes sociais (Foto: Reprodução)
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