Antes desse ano, todo depósito do Fundo de Garantia era feito nas contas dos trabalhadores que possuíam contas nas 76 instituições financeiras
© Reuters / Pilar Olivares |
Antes de 1990, todo depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) era feito nas contas dos trabalhadores que possuíam contas bancárias nas 76 instituições financeiras existentes na época, todas elas credenciadas pelo extinto Banco Nacional de Habitação (BNH). A partir desse ano, após uma mudança na lei do benefício, todo o dinheiro deveria ser transferido para a Caixa Econômica Federal.
Na transição, que aconteceu entre 1990 e 1992, foram recebidas milhões de contas ativas e inativas vinculadas ao FGTS, no entanto, muitas foram para o "limbo" e se perderam. "É aí que começa o abacaxi. De repente, o trabalhador vai à Caixa ver essa conta, e o banco não localiza", disse o presidente do Instituto Fundo Devido ao Trabalhador, o antigo FGTS Fácil, Mário Avelino, em entrevista ao UOL.
Sumiu por quê?
Um dos motivos que levaram ao desaparecimento das contas de alguns trabalhadores foi o tamanho da rede bancária do país. "Na década de 90, a rede bancária tinha mais de 70 bancos. Cada estado tinha um", explicou Avelino, acrescentando que o erro de cadastro também contribuiu para o sumiço das contas. Outra explicação, avaliou, era porque boa parte das contas costumava ser registrada em papel. "Fui a um galpão em Curitiba onde estavam os registros. Um monte de papel, muitos deteriorados", disse.
Como encontrá-las
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