Expectativa de funcionários é que os armários de aço tenham resistido ao fogo
Segundo pesquisadores do Museu Nacional do Rio de Janeiro, há esperança de que parte do acervo, justamente peças mais raras e valiosas, como fósseis de e minerais, pode ter sido salva do incêndio ocorrido o domingo, dia 3 de setembro, por ter sido guardada em cofres e armários de aço especiais. Entre esses materiais está o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo encontrado no Brasil, datado de mais de 11 mil anos.
Eles reconhecem que o trabalho não será fácil, pois o interior do prédio ainda está muito quente e os dois andares superiores desabaram sobre o térreo, formando uma grossa camada de cinzas, carvão, ferros retorcidos e tijolos.
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Conforme Cristiana Serejo, vice-diretora do museu, serão necessários, pelo menos, R$ 15 milhões para iniciar a restauração do prédio. "As pessoas foram de manhã tentar achar a Luzia, mas parece que ela estava em uma caixa e tem muito escombro. A gente não sabe se dentro dessa caixa ela possa ter resistido. Tem que haver a perícia, para liberar o prédio e os pesquisadores entrarem de fato e retirar os escombros. A parte lá de trás, do departamento de Geologia e Paleontologia, parece que sobrou alguma coisa", comenta a vice-diretora em entrevista à Agência Brasil.
Ela revela que alguns departamentos guardavam peças mais valiosas dentro de cofres que podem ter resistido às altas temperaturas. "Existe [esta possibilidade]. A gente vai ter que aguardar. Mas a coleção de entomologia, de insetos, que ficava no terceiro andar, não resistiu. Isto foi uma perda gravíssima. Estava em armários compactadores, mas como desabaram, foi um impacto muito grande", afirma Cristiana.
Dinossauros
Os esqueletos de dinossauros que estavam em exposição eram, em sua maioria, réplicas, segundo o pesquisador Helder de Paula Silva, um dos responsáveis pela coleção de paleontologia. Grande parte, com maior valor científico, ficava dentro de um armário de aço compactador, que é fechado e pode resistir a impactos e a altas temperaturas, desde que não sejam extremos.
"Nós ainda temos esperança de que a coleção tenha se salvado, pois uma boa parte desse material não estava na parte que foi mais atingida, que era a da exposição, e sim na reserva técnica, dentro de armários compactadores. A maioria desses armários estava fechada, no térreo, e foi atingida por material que caiu dos andares superiores. Então não dá para saber o estado do material que estava lá dentro. Mas temos esperança de que alguma coisa tenha sido preservada em condições de ainda ser aproveitada", comenta Helder à agência pública de notícias.
Biólogo, Helder foi um dos primeiros a chegar ao museu, cerca de meia hora depois do incêndio começar, por volta das 19h30 de domingo (3). Ele ajudou a guiar os bombeiros a entrarem no prédio e ficou no local até as 3h, quando foi para casa. Com apenas duas horas de sono, ele retornou ao prédio do museu às 6h.
"O crânio de Luzia estava em uma região que foi bem atacada pelo fogo, difícil de ser acessada, e não conseguimos localizar", conta o pesquisador. Já sobre as múmias egípcias, ele considerou que foram totalmente perdidas, com exceção de uma, que estava em uma sala e que talvez esteja ainda preservada.
(com Agência Brasil)
Segundo pesquisadores do Museu Nacional do Rio de Janeiro, há esperança de que parte do acervo, justamente peças mais raras e valiosas, como fósseis de e minerais, pode ter sido salva do incêndio ocorrido o domingo, dia 3 de setembro, por ter sido guardada em cofres e armários de aço especiais. Entre esses materiais está o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo encontrado no Brasil, datado de mais de 11 mil anos.
Eles reconhecem que o trabalho não será fácil, pois o interior do prédio ainda está muito quente e os dois andares superiores desabaram sobre o térreo, formando uma grossa camada de cinzas, carvão, ferros retorcidos e tijolos.
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Conforme Cristiana Serejo, vice-diretora do museu, serão necessários, pelo menos, R$ 15 milhões para iniciar a restauração do prédio. "As pessoas foram de manhã tentar achar a Luzia, mas parece que ela estava em uma caixa e tem muito escombro. A gente não sabe se dentro dessa caixa ela possa ter resistido. Tem que haver a perícia, para liberar o prédio e os pesquisadores entrarem de fato e retirar os escombros. A parte lá de trás, do departamento de Geologia e Paleontologia, parece que sobrou alguma coisa", comenta a vice-diretora em entrevista à Agência Brasil.
Ela revela que alguns departamentos guardavam peças mais valiosas dentro de cofres que podem ter resistido às altas temperaturas. "Existe [esta possibilidade]. A gente vai ter que aguardar. Mas a coleção de entomologia, de insetos, que ficava no terceiro andar, não resistiu. Isto foi uma perda gravíssima. Estava em armários compactadores, mas como desabaram, foi um impacto muito grande", afirma Cristiana.
Dinossauros
Os esqueletos de dinossauros que estavam em exposição eram, em sua maioria, réplicas, segundo o pesquisador Helder de Paula Silva, um dos responsáveis pela coleção de paleontologia. Grande parte, com maior valor científico, ficava dentro de um armário de aço compactador, que é fechado e pode resistir a impactos e a altas temperaturas, desde que não sejam extremos.
"Nós ainda temos esperança de que a coleção tenha se salvado, pois uma boa parte desse material não estava na parte que foi mais atingida, que era a da exposição, e sim na reserva técnica, dentro de armários compactadores. A maioria desses armários estava fechada, no térreo, e foi atingida por material que caiu dos andares superiores. Então não dá para saber o estado do material que estava lá dentro. Mas temos esperança de que alguma coisa tenha sido preservada em condições de ainda ser aproveitada", comenta Helder à agência pública de notícias.
Biólogo, Helder foi um dos primeiros a chegar ao museu, cerca de meia hora depois do incêndio começar, por volta das 19h30 de domingo (3). Ele ajudou a guiar os bombeiros a entrarem no prédio e ficou no local até as 3h, quando foi para casa. Com apenas duas horas de sono, ele retornou ao prédio do museu às 6h.
"O crânio de Luzia estava em uma região que foi bem atacada pelo fogo, difícil de ser acessada, e não conseguimos localizar", conta o pesquisador. Já sobre as múmias egípcias, ele considerou que foram totalmente perdidas, com exceção de uma, que estava em uma sala e que talvez esteja ainda preservada.
(com Agência Brasil)
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