(Foto: TRE - RJ / Flickr) |
“Essa abertura está sim sendo considerada pelo TSE”, disse Coimbra. “Eu não posso dar uma data, mas é algo que, sim, está sendo preparado para acontecer o mais breve possível.”
A confirmação, ainda que um pouco vaga, veio em resposta às sugestões do doutor e especialista em segurança da informação Diego Aranha e de outros experts da área, que participaram de análises técnicas das urnas nos últimos seis anos. Aranha é um dos críticos mais vocais da segurança dos aparelhos usados nas eleições, e defende que o TSE precisa melhorá-lo especialmente em três pontos, sendo a questão do código-aberto um deles.
Hoje professor assistente da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, Aranha também acredita ser necessário implementar o voto impresso, uma medida que chegou a ser testada pelo TSE em 2002, mas que não foi adiante por questões de custos e praticidade. A terceira medida defendida pelo especialista, por fim, é a realização de auditorias independentes, tanto no software quanto no hardware usado nas votações.
Código-secreto?
Apesar da promessa, Coimbra ressaltou que o código-fonte das urnas não é secreto. Além dos testes públicos de segurança dos quais Aranha já participou, as 24 milhões linhas de código – a boa parte referente ao Kernel do Linux e bibliotecas como OpenSSL – usadas nos equipamentos são abertas para verificação de partidos, Ministério Público e OAB por seis meses, antes do primeiro turno das eleições.
No ano passado, uma resolução do TSE ainda estendeu esse direito a representantes do Supremo Tribunal Federal, da Sociedade Brasileira da Computação (SBC) e de departamentos de tecnologia da informação de universidades, entre outros órgãos. Neste ano, segundo o Tribunal, se credenciaram para o processo representantes da Rede, do Partido Verde e do PSL, da Polícia Federal, da SBC e do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia.
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